CONSTRUTOR

Construtor

Uso a caneta como uso o garfo
Sem maestria, sem elegância
Apenas a uso nas letras que traço
Compondo as palavras numa fantasia.
Sou leigo, teimoso, incansável
Descanso a pena
Persigo-a, sufoco-a
Mas deixo impresso no papel sofrido
Todos os meus sentimentos.
Não importa se a manha já rompe
Ou se a noite é escura ainda
Não me alimento de nada
Que não seja a emoção de escrever.
Tudo quanto preciso nesses momentos
É de paz, da sensação de poder transformar
Com um simples movimento do pulso
A dura realidade que nos persegue
Em rimas, em eventuais encantos
Em historias, às vezes, mal construídas
Como só eu sei fazer.
Nas quais não falta certo colorido
Porque sempre faço de contas
Que outro amanha virá
E com ele um pouco mais de vida
De esperança de prosperidade e paz!

0 comentários:

Postar um comentário

Seguidores

Twitter

CARLOS GAMA Copyright © 2011 - Todos os Direitos Reservados