FELIZ NATAL PARA TODOS!

Novamente é NATAL. Tempo de paz e de oração por um mundo melhor. Tempo de refletir sobre o que é o amor Divino, sobre o que é ser humano.


Apesar da frieza que assola a humanidade, ainda podemos perceber uma aura de luz, como se fosse o espírito natalino, pairando sobre todos nós e produzindo sorrisos complacentes, gestos de amizade, abraços fraternos, solidariedade.

Mais que uma data comercial, o NATAL é um lapso de tempo dentro de uma sequência de dias onde cada um de nós tem a oportunidade de parar para olhar dentro de si mesmo, de refletir sobre o valor do nosso papel no teatro da vida. Mais que isso: de perceber o valor da vida para recobrar ânimo e seguir adiante.

NATAL é isso: um momento propício para reconhecermos nossos limites, nossa capacidade de regeneração, nossas fraquezas, nossa importância dentro desse universo lindo e infinito criado por DEUS.

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE PAZ E REALIZAÇÕES!

Seu amigo de sempre:
Carlos Gama

OS DOIS BRASIS

Caro (a) amigo (a),
Em qual Brasil você vive?
No Brasil que vemos nas novelas de TV onde todo mundo é bonito, saudável, bem vestido, bem alimentado, possui casa própria, segurança e bom emprego; ou
No Brasil dos moradores de rua, das crianças sem futuro, das filas nos hospitais, do sofrimento para conseguir tratamento médico ou uma cirurgia, dos bondes do tráfico de drogas, dos arrastões, das mortes violentas, dos muitos assaltos, das balas perdidas que destroem as famílias, da corrupção e descaso das autoridades constituídas, das pessoas descrentes após tragédias como as que ocorreram no início deste ano no morro do bumba em Niterói e em outras encostas de morros do Rio de Janeiro; no Brasil dos adolescentes que vão buscar nas drogas e no tráfico o que o Estado não lhes concede, das mães que enterram seus filhos ainda jovens, do pobre que trabalha dia e noite para pagar contas e comer e, ao fim da vida precisa implorar por uma mísera aposentadoria que muitas vezes nem recebe; no Brasil dos idosos que são maltratos por uma sociedade hipócrita que não lhes dá o devido valor, do crime organizado que está crescendo e se infiltrando em todos os setores do poder público e ameaçando o Estado de direito e a nossa liberdade?
Em qual Brasil você vive?
Se o seu Brasil não é o das novelas faça algo por todos nós: vote a favor da vida; porque ela está perdendo o valor. Não se deixe enganar por rostos bonitos, por propaganda cara, por campanha milionária, nem troque seu voto por um benefício pessoal qualquer. Quem compra seu voto nada lhe deve. E você nada pode cobrar-lhe, no futuro.
O voto é uma arma que pode ser usada contra ou a favor de todos nós brasileiros. A escolha é sua. O poder está em suas mãos.

QUANTO VALE A VIDA?



Algum dia você já se perguntou quanto vale a vida? E a vida de cada um dos nossos irmãos e concidadãos, quanto vale?

Voce já refletiu sobre o que acontece na vida real, a vida das ruas repletas de violência, dos assassinatos diários, dos estupros, da falta de atendimento médico, do descaso, da corrupcão sem fim?

Já se viu diante de uma situação de risco e pensou: “agora vou morrer!” Ou, ao menos, já esteve com alguém que passou por tal situação? Algum dos seus amigos, conhecidos ou parentes já foi vítima de violência? E, como você se sentiu ao tomar conhecimento dos fatos? Concorda comigo que o sentimento de impotência que nos invade nesses momentos é muito grande? Ou você pensa que isso nunca vai acontecer com você e segue a vida indiferente preferindo não pensar em coisas ruins?

Se você nunca sofreu ou nunca se comoveu com o drama vivido por cada uma das pessoas que já foram vítimas da violência no RJ, então você não sabe QUANTO VALE A VIDA!

A vida de qualquer um de nós vale muito pouco, hoje em dia. Ela pode ser trocada por seu carro em um cruzamento de ruas com sinal vermelho, pode ser trocada por umas poucas cédulas na saída de um banco, ela pode ser trocada por uma simples ofensa em uma briga de trânsito, ela pode ser trocada por um olhar distraído dado para o rosto da pessoa errada, ela pode ser trocada por qualquer besteira desde que do outro lado esteja uma pessoa armada. Muitas vezes nossa vida é trocada por uma bala perdida, ou por outra diparada acidentalmente...

Quaanto vale a vida hoje?

Talvez você deva se perguntar isso daqui prá frente. Afinal, nenhum de nós está livre de uma das muitas situações de risco por que passam os cidadãos do RJ todos os dias; seja a caminho de casa, seja a caminho do trabalho, seja a caminho da escola ou da faculdade, seja na hora do lazer e, até mesmo dentro de casa. Em qualquer lugar, a qualquer hora o perigo ronda as nossas vidas. E, o pior de tudo é que estamos nos acostumando a ver a morte violenta como rotina. Já não nos choca ver corpos perfurados de bala ou destroçados em acidentes estendidos pelas calçadas, pelas ruas ou sendo carregados em sacos. Já não nos incomodam tanto as notícias dos telejornais repletas de sangue e sofrimento. Esse é nosso cotidiano. Mas, onde será que vamos chegar com tamanha apatia, com nossa omissão e conivência? Sim, estamos sendo omissos e coniventes com tudo isso. Só pedimos justiça, só gritamos quando a violência nos atinge no seio familiar. Podem matar nossos vizinhos, podem destruir nossa rua, nosso bairro. Se nos deixarem “quietos” no nosso cantinho está tudo bem. É assim que pensamos, na maioria das vezes. Isto é no mínimo, egoísmo e desumanidade. Nenhum de nós vive só no mundo. Somos todos dependentes de outras pessoas, todos precisamos de alguém. Então, porque não exercitarmos a solidariedade, o amor e o sentimento de “nação” que temos dentro de nós? Porque não lembrar que os nossos direitos e deveres iniciam e terminam onde começam os direitos e deveres de alguma outra pessoa? Somos como elos de uma grande corrente! Cada um de nós tem um papel importante no todo. Se qualquer dos elos se parte a corrente fica dividida e seu poder enfraquecido. Precisamos ser elos iguais. Assim a corrente se fará poderosa e a vida de cada um de nós passará a valer muito mais.

Precisamos lembrar que somos seres humanos e inteligentes. Capazes, portanto, de refletirmos e mudarmos os rumos das nossas vidas em busca de dias melhores.

Pense nisso. A vida humana não pode ser desperdiçada diariamente como se fosse nada.

Obrigado.


HIPOCRISIA, DEMAGOGIA E INDIFERENÇA


HIPOCRISIA, DEMAGOGIA, INDIFERENÇA. ESSAS TRES PALAVRAS DEFINEM O CARÁTER POLÍTICO DA MAIORIA DAS PESSOAS QUE GOVERNAM NOSSO BRASIL, NOSSO ESTADO, NOSSOS MUNICÍPIOS. RELEGAM O POVO A SEGUNDO PLANO PORQUE POBRE É “CIDADÃO DE SEGUNDA OU TERCEIRA CLASSE” NO ENTENDIMENTO DE TODOS ELES. GENTE POBRE SERVE APENAS PARA VOTAR E GERAR A RIQUEZA DE QUE ELES NECESSITAM PARA OSTENTAR A GRANDIOSIDADE DE SUAS POSIÇÕES. SEUS ROSTOS SAUDÁVEIS AMAM AS CAMERAS DE TVs, SUAS VOZES POLIDAS NÃO RECUSAM MICROFONE, SEUS SORRISOS AMÁVEIS PARECEM SAÍDOS DE ANÚNCIOS DE CREME DENTAL.

ESSA ROTINA SÓ É ALTERADA QUANDO, VÍTIMADO POR AÇÕES ERRADAS OU PELA FALTA DE AÇÕES, O POVO SE VÊ DIANTE DE CATÁSTROFES. NESSES MOMENTOS OS SORRISOS SÃO TROCADOS POR EXPRESSÕES DE PESAR (NEM SEMPRE VERDADEIRO, TENHO CERTEZA!) E OS DISCURSOS ASSUMEM UM AR DE CAMPANHA POLÍTICA PORQUE A CULPA PELAS DESGRAÇAS, SE NÃO É DO PRÓPRIO POVO É DE QUEM ESTEVE NO CARGO ANTERIORMENTE. JAMAIS OUVI QUALQUER DELES DIZER: "ERRAMOS. VAMOS TRABALHAR PARA CONSERTAR NOSSO ERRO". TODOS, INDISTINTAMENTE LANÇAM SOBRE AS COSTAS ALHEIAS AS RESPONSABILIDADES QUE DEVERIAM ASSUMIR. ISSO, PORQUE QUEM RECEBE O PODER DEVERIA ASSUMIR, COM ELE, TODOS OS RISCOS QUE O ACOMPANHAM. ENTRETANTO, NÃO É ASSIM QUE ACONTECE.

POR CONTA DESSAS ATITUDES TEMOS VISTO, AO LONGO DE TODOS ESSE ANOS, POBRE VIRANDO ESTATÍSTICA EM TODAS AS PLANILHAS MONTADAS PARA ESTUDO DA EVOLUÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E ECONOMICA DO PAÍS. SOMOS APENAS NÚMEROS, POSITIVOS OU NEGATIVOS, NADA ALÉM. BASTA LEMBRAR O CAOS DA SAÚDE, OS TRANSTORNOS CAUSADOS PELA DESORDEM DO TRANSPORTE URBANO, A VIOLÊNCIA QUE ASSOLA AS GRANDES CIDADES DO PAÍS, E ATÉ ALGUMAS PEQUENAS CIDADES DO INTERIOR! SÃO UM SEM NÚMERO DE TRAGÉDIAS DIÁRIAS DE MAIOR OU MENOR REPERCUSSÃO; MAS SÃO TRAGÉDIAS, MENCIONADAS OU NÃO NA GRANDE IMPRENSA.  ASSIM VIVEMOS, SEM SABERMOS AO CERTO A QUEM PEDIR AUXÍLIO OU SE HAVERÁ ALGUMA AJUDA IMEDIATA PARA QUALQUER DE NÓS EM UMA SITUAÇÃO DE RISCO OU DE DESAMPARO.

A HIPOCRISIA NÃO NOS DEIXA ASSUMIR NOSSAS RESPONSABILIDADES. CADA UM DE NÓS TEM UMA PARCELA DE CULPA EM TUDO ISSO. SOMOS CULPADOS QUANDO PERMITIMOS QUE PESSOAS DESQUALIFICADAS OU QUE NÃO REFLETEM A SOCIEDADE SE ASSENHORIEM DOS CARGOS PÚBLICOS E PASSEM A PRODUZIR LEIS E A ADMINISTRAR NOSSAS VIDAS. A HIPOCRISIA NÃO NOS DEIXA VER QUE ESTAMOS ERRADOS E QUE SE NÃO MUDARMOS DE ATITUDE FAREMOS MAL AINDA MAIOR! SOMOS HIPÓCRITAS PORQUE NÃO QUEREMOS RECONHECER QUE SOMOS CO-RESPONSÁVEIS POR TODAS AS DESGRAÇAS QUE VIVEMOS DIARIAMENTE. NOS CONSOLAMOS COM A MÁXIMA: "SÃO TODOS IGUAIS. NADA VAI MUDAR. OUÇO ISSO DESDE QUE NASCI..." É ISSO QUE QUEREM QUE PENSEMOS: QUE NÃO TEMOS PODER PARA MUDAR AS COISAS. MAS, NÓS TEMOS!

DEMAGOGIA É DIZER QUE “TUDO VAI FICAR BEM E QUE O ESTADO CONTINUA TRABALHANDO PARA O BEM COMUM”. ISSO É MENTIRA. O ESTADO BRASILEIRO É OMISSO E OPRESSIVO. O POVO SOFRE HORRORES PARA GANHAR O PÃO COM QUE SE ALIMENTA E PAGAR AS CONTAS EM DIA ENQUANTO O GOVERNO OSTENTA RIQUEZA E ESBANJA O FRUTO DOS ALTOS IMPOSTOS RECOLHIDOS SEM NENHUM OUTRO ESFORÇO SENÃO O DE AMEAÇAR O CIDADÃO COMUM COM OS RIGORES DA LEI. ALIÁS, UMA LEI INJUSTA QUE SE MOSTRA INFLEXÍVEL CONTRA A PESSOA COMUM;  PORÉM, MALEÁVEL, ADAPTÁVEL SE SEU INFRATOR É ALGUÉM COM PODER, SEJA LÁ QUAL FOR, OU “AMIGO” DE ALGUÉM COM PODER.

O ESTADO BRASILEIRO PRECISA SER REFORMADO URGENTEMENTE, ANTES QUE AS INJUSTIÇAS SE TORNEM TÃO GRANDES E NUMEROSAS QUE NÃO SEJA MAIS POSSÍVEL RESPEITÁ-LO. ESTAMOS FARTOS DE DEMAGOGIA!

INDIFERENÇA AQUI É SINONIMO DE DESRESPEITO. O ESTADO BRASILEIRO NÃO RESPEITA SEUS CIDADÃOS. OS GOVERNOS EM TODOS OS NÍVEIS ESTÃO INDIFERENTES ÀS DORES DE TODOS NÓS POR PURA FALTA DE RESPEITO. O QUE SOMOS PARA ELES? TALVEZ LIXO... SE BEM QUE ATÉ LIXO TEM LÁ O SEU VALOR NESSES TEMPOS DE  VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. ENTÃO, SOMOS MENOS QUE ISSO. SOMOS A MÃO-DE-OBRA QUE GERA RIQUEZA, PEÇAS DE UM XADREZ POLÍTICO QUE ENVOLVE INTERESSES ECONOMICOS, ACIMA DE TUDO. SE PUDESSEMOS ENTRAR NA MENTE DE MUITOS DOS NOSSOS POLÍTICOS CERTAMENTE NOS DECEPCIONARIAMOS COM A QUALIDADE DE SEUS PENSAMENTOS. QUANDO NOS OLHAM DO ALTO DOS SEUS PEDESTAIS DEVEMOS PARECER-LHES SEMELHANTES A ESCRAVOS DIANTE DOS SEUS SENHORES. É ASSIM QUE ME SINTO, MUITAS VEZES: ESCRAVIZADO POR UMA GENTE QUE NÃO É A MINHA CARA, QUE NÃO CONHECE A MINHA REALIDADE, QUE NÃO SE IMPORTA COM MINHA VIDA OU COM MEU DESTINO. TUDO O QUE QUEREM DE MIM É A CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA QUE POSSO DAR PARA A MANUTENÇÃO DE SEU “STATUS” E QUALIDADE DE VIDA. 

COMO DIZIA CERTA PERSONAGEM DE UM FAMOSO HUMORISTA BRASILEIRO: “NÓS, O POVO, SOMOS APENAS UM DETALHE!”.

DEUS NOS AJUDE!

OS DOIS BRASIS


Caro (a) amigo (a),
Em qual Brasil você vive?
No Brasil que vemos nas novelas de TV onde todo mundo é bonito, saudável, bem vestido, bem alimentado, possui casa própria, segurança e bom emprego; ou
No Brasil dos moradores de rua, das crianças sem futuro, das filas nos hospitais, do sofrimento para conseguir tratamento médico ou uma cirurgia, dos bondes do tráfico de drogas, dos arrastões, das mortes violentas, dos muitos assaltos, das balas perdidas que destroem as famílias, da corrupção e descaso das autoridades constituídas, das pessoas descrentes após tragédias como as que ocorreram no início deste ano no morro do bumba em Niterói e em outras encostas de morros do Rio de Janeiro; no Brasil dos adolescentes que vão buscar nas drogas e no tráfico o que o Estado não lhes concede, das mães que enterram seus filhos ainda jovens, do pobre que trabalha dia e noite para pagar contas e comer e, ao fim da vida precisa implorar por uma mísera aposentadoria que muitas vezes nem recebe; no Brasil dos idosos que são maltratos por uma sociedade hipócrita que não lhes dá o devido valor, do crime organizado que está crescendo e se infiltrando em todos os setores do poder público e ameaçando o Estado de direito e a nossa liberdade?
Em qual Brasil você vive?
Se o seu Brasil não é o das novelas faça algo por todos nós: vote a favor da vida; porque ela está perdendo o valor. Não se deixe enganar por rostos bonitos, por propaganda cara, por campanha milionária, nem troque seu voto por um benefício pessoal qualquer. Quem compra seu voto nada lhe deve. E você nada pode cobrar-lhe, no futuro.
O voto é uma arma que pode ser usada contra ou a favor de todos nós brasileiros. A escolha é sua. O poder está em suas mãos.

VIOLENCIA EM SÃO CONRADO

Assistimos nos telejornais desse sábado mais um episódio da guerra urbana que alige o cidadão carioca, em plena zona sul do Rio de Janeiro, no bairro mais caro do Estado: São Conrado.
Diante dos olhares estarrecidos das pessoas de bem e autoridades, bandidos armados com fuzís e outras armas de grossos calibres levaram panico a uma população que já não sabe onde se refugiar.
Até onde a violencia vai chegar no Rio de Janeiro e no Brasil?
Até quando vamos nos omitir e fazer de contas que tudo está bem?
Até quando vamos suportar que nos tratem como se nossas vidas não valessem nada?
Precisamos deixar de lado a hipocrisia e olhar de frente o problema da violencia no RJ. O crime organizado, ele é organizado mesmo, é muito mais sério e eficiente que o Estado Legal. È preciso que as autoridades entendam de uma vez por todas que não se faz política de segurança apenas com homens mal pagos, armas velhas e discurso. Política de segurança passa primeiro pelo combate á pobreza, combate á corrupção nas instituições e aplicação de penalidades compatíveis com a gravidade dos delitos. Dar educação e ocupação para jovens e adolescentes mantendo-os na escola pode ser um primeiro passo para a construção de um futuro melhor.
Enquanto isso não acontecer continuaremos vendo cenas de filmes de ação pelas ruas do RJ e do país.
Deus nos proteja!

FAVELAS


Talvez eu viva uma realidade diferente daquela vivida pela maioria das pessoas. Talvez... Porque eu não consigo acreditar que se possa viver em casebres pendurados nos morros, fincados nas margens dos rios, construidos sob pontes, viadutos ou em regiões de baixada sujeitas a alagamentos. As favelas do RJ são, por esses aspectos, o retrato do caos, da miséria e do descaso das autoridades públicas brasileiras.
Eu não aceito a favela como continuação natural das cidades. Para mim, ela é mais uma aberração social, algo assim como uma ferida aberta com a qual temos convivido ao longo dos anos. Em um dos meus poemas me refiro às favelas como “...um câncer bem comportado que a gente suporta por comodismo ou falta de opção...”.
Dizer que vai melhorar a vida das pessoas na favela soa-me como demagogia porque por mais “plástica” que seja feita, favela será sempre favela e seus moradores serão sempre favelados. Não importa que se mude a forma de nomear essas "comunidades", que já foram chamadas de complexo social em anos passados.  Pois não deixam de ser lugar de pessoas carentes, excluídas de uma sociedade que insiste em apreveitar-se de sua força de trabalho sem se importar com suas necessidades básicas. O que o poder público precisa fazer é impedir o surgimento das favelas e transformar as que já existem em bairros populares com ruas e avenidas que possibilitem a entrada de viaturas da policia e de serviços como ambulâncias, caminhões de coleta de lixo e carros de moradores e de empresas prestadoras de serviços além de construir postos de saúde e de emergência médica, creches e escolas com horário integral para oferecer às crianças e jovens atividades curriculares e extra curriculares permitindo-lhes uma educação de qualidade em lugar do ócio comum e da possibilidade de opção pela marginalidade.
Agora temos os discursos das UPPs e do PAC como solução para as favelas do RJ. Não vejo bem assim. As favelas são áreas de grande complexidade, não só pela geografia física dos espaços ocupados, mas principalmente, pelo grande contingente de pessoas que as habitam. Não será com alguns policiais nos morros e algum concreto que se dará nova configuração a essa excrecência social tão comum aos nossos olhos. Serão necessárias ações contínuas de governo e a presença do Estado com todos os seus aparelhos para promover uma reeducação e restauração da dignidade de cada uma das pessoas que habitam tais áreas, porque já não existe fé, confiança nos homens públicos e no Estado Legal. O que há é um estado marginal que dita normas e aplica uma justiça própria, a da força das armas. Exemplo disso e o complexo do alemão.
Nos morros onde foram instaladas as UPPs criou-se a espectativa de paz e felicidade. Mas, as mazelas continuam. São menos tiroteios agora. São menos corpos e invasões. Entretanto, as ruelas e os barracos continuam. As longas escadarias e o sofrimento das pessoas que precisam descer e subir indo e vindo do asfalto continua. A pobreza continua a mesma... Será que a sociedade da zona zul vai conviver harmonicamente com a miséria de tais pessoas por muitos anos? É bem possível que logo vejamos, se a paz nos morros perdurar, novos donos de imóveis no santa marta, na rocinha e em muitos outros morros do RJ. Acredito que por trás desse grande aparato policial existe um interesse imobiliário muito maior. Imagine só quanto deve valer um terreninho no alto de qualquer desses morros com vista para a baia de Guanabara! “Pacificar” as favelas do RJ pode ser título de uma obra cujo final leve uma grande massa de bandidos e desvalidos para a região dos Lagos, cidades do interior e municípios do grande rio, principalmente para Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João do Meriti e Belford Roxo.  Afinal, a zona sul não é lugar de pobre. E, "lugar de bandido" é na baixada fluminense. Ambos, bem longe da elite carioca. Bem longe dos olhos da elite política do Estado. do RJ. Em algum lugar onde não provoquem as sangrentas manchetes dos jornais e TVs que causam repercussão negativa em todo o mundo e podem macular a imagem de "Cidade maravilhosa" vendida lá fora. Aliás, estão às portas uma copa do mundo de futebol em 2014 e as olímpíadas de 2016. Quem vai querer estragar isso?!

O PRESENTE E O FUTURO

O que você é hoje, é um fato real. O que é a sua vida hoje, é um fato real. Mas, o que você será amanhã e nos próximos anos é futuro, depende das suas ações de agora, depende das decisões que você pode e vai tomar no presente. Da mesma maneira nossa sociedade, nossas cidades, nossos Estados, nosso país estão em construção e o que eles serão amanhã e daqui algum tempo depende das nossas ações e decisões de hoje.
Você e eu, junto com quase duzentos milhões de outros brasileiros, somos construtores dessa sociedade, dessa NAÇÃO. É isso que somos: operários de uma grande obra em processo de crescimento e desenvolvimento. Cada um de nós tem um "papel" definido, cada um de nós tem sua imprtância no conjuto da obra. Quando nos omitimos das nossas responsabilidades e nos descuidamos das nossas tarefas, estamos contribuindo para o atraso e má qualidade do produto final.
O Brasil que precisamos e queremos está sendo construído com grandes sacrifícios da população mais pobre. Há muitas injustiças a serem reparadas, há muitos maus operários a serem demitidos.
Mas, o Brasil é maior que tudo isso e, certamente, conseguiremos construir uma grande NAÇÃO.
Faça sua parte. Ajude-nos na tarefa de construção desse grande país. Seja digno, honesto e um brasileiro de verdade escolhendo seus candidatos com seriedade, com sobriedade, pensando no bem-estar de toda a sociedade e não em proveito pessoal. Só assim teremos chance de fortalecer as instituições depurando-as. O Estado brasileiro está doente, debilitado por causa de tanta corrupção e abusos. Você é o médico que pode ministrar o remédio certo e livrar nosso RJ e nosso país de muitas mazelas.
Pense nisso.
Obrigado.



NOITES DISTINTAS

Você dorme
Descansa feliz no berço de costumes hereditários
Lençóis de seda, travesseiros de algodão lhe acariciam
Não sabe que lá fora existem marquises
Calçadas, almas solitárias
Que sem cobertores, sem colchões
Revolvem-se na noite fria.
“São restolho”, você pensa
Se deles alguém lhe fala.
E são, na verdade.
Trapos humanos, restos da vida...
O brilho do sol não os afeta
Tampouco o luxo da sua sala
Tudo quanto possuem são:
Moscas teimosas, chagas pruridas.
Vem não se sabe de onde
Como chegam, quem poderá dizer?
Apenas estão nas ruas
De nossa – bela?- cidade
Comprometendo o turismo
Vivendo sabe Deus por quê!
Você, abrigado da chuva
Do frio vento da madrugada
Não percebe sequer que
Batendo palmas a sua porta
Com mãos ossudas, faminta, as carnes laceradas
Implora abrigo uma figura tétrica
Pobre alma morta!

A noite passa tranqüila e a manhã desponta
Para o mísero mendigo encolhido na sarjeta
Não importa se é dia ou noite agora
De onde veio, para onde vai
Se você deita ou levanta.
Para ele abriram a porta de uma nova era
Sem sol, sem lua...
É numa rua sem marquises, sem chuva e sem frio.
Nela a paz é para todos os viajantes
E por toda a vida.
O medo da noite não mais existe.
É um caminho luzidio, silencioso
Como a própria morte que o abriga
Sem sede, sem fome, sem feridas
Sobretudo,
Sem a dor aguda da sua indiferença.

PARÁBOLA

Parábola

“Longe, muito longe daqui havia um pais muito rico. Rico, mas corrompido pelo egoísmo e pela indiferença do seu povo. Nesse país vivia um homem que ia todos os dias durante muitos anos para o meio da praça tentar convencer as pessoas a mudarem de atitude, a lutarem contra as injustiças. Quase ninguém ouvia. Um dia um viajante que passava por ali lhe perguntou:

-Há anos que eu passo por aqui e vejo você lutando para modificar as pessoas. Por que você continua?

E o homem lhe respondeu:

- É simples. Se eu desistir elas que terão conseguido me modificar”. *

* (campanha da Ação da Cidadania - anos 90).

MAIS UM MORADOR DE FAVELA É MORTO NO RJ

O tiro de fuzil disparado por um experimentado homem do BOPE e que vitimou um morador de favela esta semana no Rio de Janeiro nos dá bem a dimensão da relação de forças entre o Estado Legal e o estado paralelo – ilegal. O crime organizado, que subjuga a população do RJ com sua hierárquia, tribunais funcionantes e leis que são respeitadas por todos, com seu poder de fogo (muitas armas automáticas, fuzís, metralhadoras, granadas, metralhadoras antí-aéreas capazes de derrubar helicópteros, além de grande quantidade de munições de todos os calibres), agora assusta o próprio Estado.
As facções criminosas estenderam seus tentáculos em todas as direções e, embora suas bases sejam as comunidades carentes, possuem homens infiltrados em todos os setores da sociedade brasileira.
Esse tiro precisa ser compreendido como um alerta! Ele não pode e nem deve ser ouvido como um mero disparo, uma fatalidade, um acidente. Ele é mais, muito mais que isso: é o reflexo do desespero que vitima o Estado que, mesmo com todos os seus aparelhos de defesa, se vê incapaz de conter o avanço da criminalidade. Esse tiro é o grito que devemos ouvir para nos pormos de prontidão, para nos prepararmos para combater a violencia crescente e as organizações marginais que as provoca.
O Estado se encontra acuado como todos nós. Mas, nós temos o poder de criar o Estado, de modificá-lo, se preciso, de reformá-lo para que seja mais eficaz na defesa de toda a sociedade. E, é isso que precisa ser feito. Não podemos simplesmente culpar o cidadão por viver em favelas, culpar os policiais por atirarem sem ter certeza do alvo, nem criticar quem quer que seja sem antes reconhecermos nossa parcela de responsabilidade em todos esses episódios; porque somos nós quem delegamos poder ao Estado para agir em nome de toda a sociedade. Se o Estado não é eficiente temos o direito e o dever de trocar seu comando e buscar novos caminhos. O que não podemos é ser hipócritas ao ponto de, nos omitindo, pensarmos que estamos isentos de culpa por todos os erros cometidos por nossos agentes. A sociedade é o poder maior. O Estado e seus agentes são nossos gerentes e, de uma maneira ou de outra, tudo o que fazem é em nosso nome. Portanto, somos todos responsáveis pelos tiros a esmo, pelas balas que matam inocentes, pelos acertos e pelos erros cometidos, não só pela polícia, mas em todos os campos da atividade pública.
Precisamos deixar a demagogia e a hipocrisia de lado e reconhecermos que sem consertar a própria sociedade não poderemos melhorar o Estado; porque Ele é o reflexo dela. O cidadão brasileiro precisa recomeçar a olhar para dentro de si mesmo e refletir sobre o seu papel no grupo social a que pertence, sobre suas responsabilidades com seu irmão, seu vizinho de rua ou de bairro, seus concidadãos. O homem moderno não é um ser isolado que vive fechado em um mundo próprio. De alguma maneira, em algum momento da vida seus atos e atitudes atingem outras pessoas. É esta consciencia que precisamos incutir em cada um de nós, se quisermos viver em uma cidade menos perigosa, menos violenta com um Estado presente em todos os setores da sociedade. Sem isso, qualquer coisa que se faça será mero remendo, será “jogar para a platéia” como se diz em futebol.

Jornal do Brasil - Rio - Minc vai à Marcha da Maconha: política antidroga é "desastre"

Jornal do Brasil - Rio - Minc vai à Marcha da Maconha: política antidroga é "desastre"

A DÓ DA DOR

Enche meus olhos de espinhos
A dor miserável do pobre
Cambaleante, naufrago da própria sorte
Que o arrasta por um caminho
Onde a única alternativa é a morte.
Vê-lo humilhado, doente
Indignamente vergado
Sob o peso das injustiças
Deixa-me o peito dilacerado
Causa-me dor tão profunda
Que me sinto egoísta
Por ter vivido indiferente.
O pobre não tem sossego
Seu dia acorda sem ter dormido
Muito trabalha em troca de pouco
Conhecimentos? - Saber prá quê?
Seu destino é pisar lama, cheirar esgoto
Construir o luxo que nunca será seu
Velho morre sem velho ter sido
Se diz vivo sem nunca viver.
A dor que sinto é forte, ambulante, bela
Porque é uma dor eterna, desigual, sofrida
Nascida em cidades, nos campos, nas janelas
Desumanamente abertas nas paredes da vida
De cada pobre construtor deste país.
Enche meus olhos de espinhos
A dor impotente do pobre...

novo blog

CAROS AMIGOS, ESTAMOS PREPARANDO UMA NOVA PÁGINA COM CONTEÚDO MAIS DINAMICO E NOVA ROUPAGEM. ESTAREMOS NO AR EM BREVE TEMPO. FIQUEM À VONTADE E ATE LÁ.

CARLOS GAMA

PRESIDENTE X LEI

O presidente Lula, já de algum tempo, vem criticado a imprensa e o judiciário por não concordarem com "sua visão e importancia".
Todos sabemos o que ele fez pelo país. Todo estamos vendo o que ele faz, ainda hoje. Ninguém, por mais tolo que seja, pode negar suas realizações. Entretanto, daí a permitir-lhe que se ponha acima da lei a que todos temos o dever de respeitar é um absurdo completo. Mas, ele já vem dando sinais de soberano faz tempo. O primeiro sinal de que algo de ruim está crescendo dentro de sua cabeça são as constantes reclamações que faz contra a imprensa. Sabemos que, se não fossem os jornais e os jornalistas "ele"  não teria a notoriedade de que desfruta hoje.
A imprensa é considerada sentinela da democracia e, muitas vezes, o último baluarte de um povo. Quando um governante se põe contra o noticiário é porque alguma coisa está errada dentro do governo. É bom que fiquemos atentos!
Antes mesmo de assumir o poder o PT tinha um projeto político de governar o Brasil por 20 anos. O Lula cumprirá oito anos, a Dilma está sendo colocada para, se possível, cumprir o intervalo de quatro anos para em seguida o Lula voltar para mais oito anos. Essa é a matemática do PT.

O candidato natural para o lugar da Dilma seria o Jose Dirceu. Porém, com os rumos que as coisas tomaram após o escândalo do mensalão o PT ficou sem essa opção. Melhor para o Lula, porque talvez o Dirceu não se prestasse aos seus planos. Alías, é possível que ele tenha sido "detonado" exatamente por isso!
Se o instituto do terceiro mandato tivesse vingado, não sei ao certo como seria. Mas, suponho que tentariam construir algum nome para suceder ao presidente Lula após os doze anos de mandato. Isso não seria tão difícil. Haja vista que com menos de oito "ele" se arroga poderes de soberano colocando-se até mesmo acima da lei, que jurou defender, não antes de se beneficiar dela para chegar ao poder.
Eu já disse em várias oportunidades: mais um pouco e o nosso presidente se julgará no direito de ser imperador do Brasil. De Vargas a Pedro II são umas poucas décadas..

DIA DA MULHER

VOCE É 10!


Nenhuma homenagem, por maior que seja, lhe faz jus.

Nenhuma palavra, ainda que a mais erudita, pode descrever com propriedade o tamanho e a grandeza do seu coração, a força e o desprendimento que norteiam seus dias.

Todos nós lhe devemos a vida, e tudo o que somos depende de voce.

Tudo o que fazemos na terra é por voce ou para voce; afinal, voce é o centro do nosso universo e sem voce nada somos...

Sua importancia está em nos dar a vida e fazer de nós bons filhos, bons pais, bons maridos...

Mas, apesar de tudo o que podemos ser ou fazer, jamais estaremos a altura de voce, MULHER!


FELIZ DIA DA MULHER!



Carlos Gama

QUE PESSOA QUEREMOS SER?

HÁ PESSOAS QUE CONTAM A HISTÓRIA. HÁ PESSOAS QUE VIVEM A HISTÓRIA. HÁ PESSOAS QUE FAZEM A HISTÓRIA. QUAL DESSAS PESSOAS DEVEMOS SER?

JÁ É HORA DE TOMARMOS NOSSOS DESTINOS EM NOSSAS MÃOS SE QUEREMOS CONSTRUIR UM PAÍS SÉRIO E GRANDIOSO.

FAZER NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA E DEIXAR DE SER COADJUVANTES PARA AS HISTÓRIAS DESSES PERSONAGENS MESQUINHOS, VAZIOS DE SENTIMENTOS E INDIFERENTES QUE NOS GOVERNAM.
ESSA SIM É UMA ATITUDE QUE PODE MUDAR O FUTURO.

SEJA VOCÊ PERSONAGEM DE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA ESCOLHENDO SEUS CANDIDATOS COM A SERIEDADE QUE ESSE MOMENTO MERECE.

DIREITOS E DEVERES

Caros leitores e amigos, não podemos mais esperar que outros façam por nós o que devemos fazer! Atravessamos momentos dificílimos nos anos setenta. Depois vieram os dissabores dos "governos de transição" até que, enfim, chegamos à tão propalada democracia com presidentes eleitos cumprindo integralmente seus mandatos. Teríamos chegado ao céu da liberdade e justiça social, não fossem os abismos criados entre pobres e ricos; não fossem os escândalos produzidos pela corrupção desmedida que se abate sobro o país; não fosse a violência que toma proporções gigantescas entre nós. Aliás, violência é um tema mais que democrático, ela está instalada na saúde pública que não atende à população dignamente, na aplicação justiça que não é igual para todos (quantas pessoas sofrem fisica e psicologicamente nas delegacias, nos presídios, nas ruas somente por serem pobres e, ou negras?; a voracidade do Estado brasileiro que nos exige pagamento de altos impostos e taxas de serviços para qualquer coisa sem nos devolver em benefícios sociais justos tambem é uma violencia.

Estamos todos confinados em nossos mundos de trabalho em prol de uma vida digna que nem sempre alcançamos, porque muitas vezes somos parados no meio do caminho por uma doença profissional, pela desilusão, por algum degenerado com uma arma na mão, ou até por uma bala perdida, como acontece diariamente nos grandes centros urbanos.

Por isso, eu pergunto a voce meu leitor, meu irmão, meu amigo: até quando vamos fazer como o avestruz que enterra a cabeça na areia para fugir do perigo?

Há quarenta ou mais anos vemos as mesmas caras, ouvimos as mesmas vozes falando de política na tv, no radio, nos jornais. O que eles podem fazer por nós daqui pra frente se não o fizeram em todos esses anos? O Brasil foi deles, e não nosso, durante décadas! Mas nenhuma dessas "personalidades" quer deixar o poder, quer retirar a mão dos nossos bolsos! Sim, porque nós os alimentamos e enriquecemos, pagamos suas viagens de luxo e seus prazeres sem jamais pedir contas.

Afinal, o que somos? Escravos de uma casta que usufrui do poder como se fossem deuses e que se perpetua no poder através dos filhos, netos e aparentados? Ou somos um povo livre que habita uma democracia onde todo o poder emana do povo?

Talvez seja a hora de refletirmos sobre o que é cidadania, sobre o verdadeiro papel de cada um de nós enquanto cidadãos. Isso enquanto temos o direito de pensar e dizer o que pensamos sem censura prévia!

Não podemos mais deixar que outros pensem e falem por nós como se fossemos incapazes. Não podemos mais deixar de conhecer nossos direitos e deveres e exigir contas de todos a quem delegamos algum poder. Tudo, DEMOCRATICAMENTE.

VOLÚPIA

Deixa-me cavalgá-la em meus sonhos

As asas soltas ao vento

Ao fluxo do pensamento

Nos versos que componho.



Quero beijar sua boca

Com a mesma ternura antiga

Com que a beijava, minha amiga

Murmurando palavras roucas.



São poucas as noites estreladas

Deixa-me, pois, cavalgá-la

Sobre o tapete da sala

No quarto dos fundos

No quintal.



Deixa-me apenas amá-la

Sem pensar no que há lá fora

Até que a noite vá embora

Deixa-me, pois, cavalgá-la.

EU AMO

Amo o verde, as flores

Os rios, as cascatas cristalinas

Amo seu peito de amores

Amante, mulher, menina.



Amo a verdade da paixão

O fogo que nela crepita

Incendiando meu coração

Numa explosão infinita.



Amo seu negro olhar profundo

Seus lábios feito carmim

Amo seus seios, corpo, cabelos



Amo os contrastes do mundo

E o universo sem fim.

Amo a Deus sem conhecê-Lo!

NOITES DISTINTAS

Você dorme

Descansa feliz no berço de costumes hereditários

Lençóis de seda, travesseiros de algodão lhe acariciam

Não sabe que lá fora existem marquises

Calçadas, almas solitárias

Que sem cobertores, sem colchões

Revolvem-se na noite fria.

“São restolho”, você pensa

Se deles alguém lhe fala.

E são, na verdade.

Trapos humanos, restos da vida...

O brilho do sol não os afeta

Tampouco o luxo da sua sala

Tudo quanto possuem são:

Moscas teimosas, chagas pruridas.

Vem não se sabe de onde

Como chegam, quem poderá dizer?

Apenas estão nas ruas

De nossa – bela?- cidade

Comprometendo o turismo

Vivendo sabe Deus por quê!

Você, abrigado da chuva

Do frio vento da madrugada

Não percebe sequer que

Batendo palmas a sua porta

Com mãos ossudas, faminta, as carnes laceradas

Implora abrigo uma figura tétrica

Pobre alma morta!



A noite passa tranqüila e a manhã desponta

Para o mísero mendigo encolhido na sarjeta

Não importa se é dia ou noite agora

De onde veio, para onde vai

Se você deita ou levanta.

Para ele abriram a porta de uma nova era

Sem sol, sem lua...

É numa rua sem marquises, sem chuva e sem frio.

Nela a paz é para todos os viajantes

E por toda a vida.

O medo da noite não mais existe.

É um caminho luzidio, silencioso

Como a própria morte que o abriga

Sem sede, sem fome, sem feridas

Sobretudo,

Sem a dor aguda da sua indiferença.

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