MANIFESTAÇÕES DOS PROFESSORES 15 DE OUTUBRO 2013

Como já aconteceu diversas vezes os mascarados promoveram cenas de destruição depois das manifestações pacificas ontem, 15 de outubro. É estranho haver mascarados infiltrados entre manifestantes. Mostrar a cara nas ruas é a melhor forma de dizer não a tudo que está errado.  A força do povo está na união e não na brutalidade e violência expressa pelos manifestantes mascarados. Esses não são do povo, com certeza.

"Um país se faz com homens e livros" Frase de Monteiro Lobato que ilustra bem o momento que passamos com as manifestações dos professores no RJ e em várias capitais do país; além de alunos e professores universitários  em SP.

PROTESTOS DOS PROFESSORES NO RJ E SP

Neste dia 07 de outubro mais uma vez os professores, apoiados por profissionais de outras áreas e a população, foram para as ruas do RJ e SP protestar contra os baixos salários e melhoria das condições de trabalho. 
Mais um vez o movimento ordeiro e pacífico foi invadido por "vândalos mascarados" que depredaram patrimônios, incendiaram veículos e provocaram a polícia. Muito estranho, se já não soubéssemos que terminaria assim. Essa gente "infiltrada" tem a função de desestabilizar para inibir o movimento legítimo da população e causar tumultos com a finalidade de "justificar" a ação do Estado e dos governos na repressão pura e simples de qualquer manifestação contra o estado caótico que se abate sobre vários setores da economia brasileira. 
Seria fácil para a polícia isolar os "mascarados" e identificá-los, se quisesse. A atitude dos agentes do Estado, no entanto, é de contemplação até que lhes seja ordenada a reação. 
A quem interessa a manutenção da desordem pública? Essa é uma pergunta que todos nós deveríamos estar fazendo. 
A manipulação da opinião pública fica clara quando, possivelmente, os mesmos que provocam os confrontos usam os veículos de comunicação para condenar as violências. É o cinismo e a hipocrisia fincando suas raízes mais profundamente em nossa sociedade. Estão de olho nas urnas de 2014, com certeza.
Eu, particularmente, não acredito que professores, médicos, ou seja lá que categoria profissional for, a população civil ordeira e pacífica  cause tantos conflitos ou produzam tanta violência. Isso é coisa de militantes partidários, de gente treinada que provoca a polícia, depreda patrimônios e se refugia entre a multidão. 
O trabalhador brasileiro quer protestar com segurança e tranquilidade. É por isso que as manifestações vêm e vão. O povo está se sentindo usado. O cidadão comum não mais quer ser usado como massa de manobra, como "coringa" eleitoral. Estamos cansados de mentiras. O povo brasileiro exige respeito"

BRASIL: O PAÍS DA MENTIRA II




Nestes últimos dias assistimos atônitos a mais um embate entre as forças do poder constituído e parcela da população. Desta vez foram os professores da rede pública do RJ que, em greve, fizeram manifestações diárias diante das casas legislativas do Estado e pelas ruas da cidade em protesto contra os baixos salários e a falta de um plano de cargo que lhes seja favorável. A Câmara municipal do Rio votou e aprovou consensualmente e em tempo recorde um plano de carreira oriundo da prefeitura, o que desagradou aos professores por não levar em conta suas reivindicações e pela falta de representantes dos docentes na casa legislativa durante a votação.
Enquanto no plenário do legislativo municipal os vereadores se esforçavam para concluir a votação, do lado de fora os manifestantes entravam em choque com a polícia militar que, mais uma vez foi usada como instrumento de repressão a uma manifestação legítima. “Tudo democraticamente”! As bombas de gás, os morteiros, os cassetetes, a truculência fazem parte da ação “legítima” do Estado contra o cidadão. Não podemos esquecer os infiltrados que são usados para promoverem badernas e provocarem a reação da polícia. O que "justificaria" a violência policial.
O que precisamos nos perguntar é: por quê os professores chegaram a esse ponto?
A resposta pode ser: por causa dos baixos salários pagos a profissionais que precisam dedicar-se integralmente a sua formação e tarefa de ensinar.  Também pode ser: por causa do stress que acomete todos esses profissionais por causa das condições de trabalho adversas, principalmente os que atuam nas periferias dos grandes centros e áreas de risco. Ainda pode ser por causa da desvalorização do ensino de modo geral agravada pelo descaso das autoridades constituídas para com o aspecto físico das escolas.
Todos esses fatores juntos desembocaram na atual greve dos profissionais de educação que vêem, ano após ano, suas expectativas serem jogadas na lixeira comum da hipocrisia governamental que, por um lado exige deles formação continuada e dedicação exclusiva; por outro lado fecha os olhos as suas necessidades básicas como segurança, habitação, saúde, em casa e no local de trabalho.
Sem professores não há educação. Sem educação não se constrói uma nação soberana. É o professor quem transmite a cultura, a história, o conhecimento tecnológico às gerações. Sem isso não se geram cidadãos, não se forjam homens conscientes de seus deveres e direitos, não se moldam caráter, não se ensina patriotismo e os conceitos de sociedade. Os professores, junto com os pais, com as famílias são vitais para a construção de qualquer nação. Então, porque são menosprezados, desvalorizados e submetidos a situações até vexatórias, algumas vezes?
Para essa pergunta a resposta é mais simples: quem governa prefere que o povo seja analfabeto, sem cultura; pois quem não sabe pensar por si só aceita qualquer coisa que lhe ofereçam, crê em qualquer coisa que lhe digam.


Esse é o objetivo dos governos que temos tido: tirar de nós toda e qualquer condição de reflexão para nos impossibilitar de reagir contra ele.
O Estado brasileiro destruiu a educação pública para que ficássemos à mercê de sua vontade. Também destruiu a saúde pública para que não tivéssemos força nem condições de protestar. Vivemos ocupados demais trabalhando para comer e pagar as contas. Não temos tempo para manifestações públicas. Não é mesmo? E quando vemos esses movimentos sociais, pensamos que “isso é coisa de desocupados!” 
Isso é o que o Estado quer que pensemos! Por esse motivo é que antes que o protesto dos professores ganhasse o mundo através das manchetes dos jornais, o governo providenciou a aprovação do plano de cargo dos professores. Assim, passa para a população a idéia de que está buscando melhorar a vida de uma classe de profissionais que só quer provocar tumulto e afrontar o governo, prejudicando os alunos sem se importar com o impacto que causa a sociedade.  O mesmo se dá com o programa “mais médicos”.  O governo contrata médicos estrangeiros e coloca-os para trabalhar em lugares onde não há saneamento básico, transporte público eficiente, postos de saúde, hospitais, vacinas, gaze, esparadrapos, ambulâncias, salas de cirurgia, linhas para sutura, anestesistas, profissionais especializados como ortopedistas, cardiologistas e, o mais grave de tudo: emprego digno para a população. Então, vai para a mídia e diz com palavras bonitas e a mesma hipocrisia que está oferecendo atendimento médico a todos os brasileiros órfãos de saúde. Ora! Aqui nos grandes centros os hospitais estão caindo aos pedaços, os profissionais de saúde estão sobrecarregados, muitas vezes falta até maca para transportar os doentes. Como será que é no interior onde as TV`s não tem interesse em mostrar? Não faltam médicos. Falta tudo na saúde. E tem mais: se o governo oferecesse esse mesmo salário aos médicos brasileiros e condições dignas de trabalho todos nós teríamos atendimento de qualidade.  Mas não é isso o que acontece. O Estado trabalha para que os planos de saúde prosperem e transfere a responsabilidade de cuidar da saúde para o próprio cidadão que tem que pagar mensalidades cada vez mais caras aos donos da “saúde”. Está na constituição: saúde é dever do estado, como segurança e educação.
Com propaganda direcionada o governo faz dos professores, assim como dos médicos, vilões diante de toda uma população necessitada de cuidados e atenção eximindo-se de qualquer responsabilidade ou culpa pelos desacertos havidos antes, e futuros. O fracasso das ações não será imputado ao governo e sim aos profissionais envolvidos. Com isso estão garantidos palanques e votos nas próximas eleições. Isso é tudo o que importa para eles.
O círculo continuará fechado e em movimento. O povo continuará sem saúde e sem educação, sem nada. Portanto, sem condições de refletir para questionar as ações do governo. Este continuará produzindo mais desigualdades e mais sofrimento indiscriminadamente. E, sempre que necessário, sacará da cartola outra ação ou programa genial para usar como sino diante do gado, movendo a massa em direção aos seus interesses eleitorais e econômicos.
Precisamos aprender a pensar, a refletir. Precisamos nos educar para escolher melhor nossos líderes, nossos legisladores, nossos administradores. Sem educação não há liberdade. Sem liberdade não há democracia.
Já é hora de acordarmos para a realidade. Somos um gigante de duzentos milhões de pessoas. Mas, se nem nós mesmos nos respeitamos como seremos respeitados pelas outras nações? É por isso que todos os povos riem de nós, nos desprezam. Falta-nos a dignidade de cidadãos, o sentimento de patriotismos que um dia aqui existiu. Falta-nos o senso de sociedade, de coletividade, de nossa importância como nação. Não somos indivíduos isolados. Todos nós somos dependentes uns dos outros. Não importa a cor da pele, o credo, a idade, somos todos brasileiros e precisamos aprender o valor do respeito próprio e mútuo. Precisamos abrir os olhos para a realidade e aprender a exigir respeito! Já basta de mentiras! 

BRASIL: O PAÍS DA MENTIRA



Caro cidadão, sinto-me indignado com a situação de miséria moral e social que acomete a nação brasileira. Eu ainda era criança quando ouvi falar que o Brasil era o país do futuro. Acreditei nisso e cresci com a esperança de fazer alguma coisa grande por mim mesmo e pelos outros. Estudei, trabalhei, sofri durante todos esses anos como qualquer um. E compreendi, afinal, que esse é o pais da mentira. Os políticos mentem e nós acreditamos; ou fazemos de conta que acreditamos.
Ao longo de toda minha vida percebi nos discursos das pessoas que se sucederam no poder uma grande e igual demagogia. Posso dizer sem medo de errar que toda essa gente estava mascarada e fazia discursos eloquentes e, muitas vezes paternalista para serem veiculados na imprensa enquanto que por detrás das câmeras apertavam ainda mais a corda em nosso pescoço.
Quantas vezes já ouvimos: tudo pelo social? A inflação está sob controle? Os preços dos alimentos estão caindo? Estamos trabalhando para dar ao povo brasileiro mais saúde, mais educação e mais segurança? Com o petróleo o Brasil vai se tornar uma grande potência econômica? Somos o celeiro do mundo? O número de pobres diminuiu, a classe média cresceu? E coisas assim? Tudo mentira. Continuamos na mesma...
Agora inventaram os BRT´s,  as UPP´s, as UPA’s, o mais médicos, os embargos infringentes...
Tudo isso faz parte de um enorme cenário de teatro onde o governo com seus agentes e aparelhos são os atores.  A plateia, é a população dividida entre perplexa e extasiada com a cara de pau dessa gente que concentra em suas mãos o poder político e econômico usando-os para construir feudos territoriais e financeiros, fortalezas legais e inexpugnáveis de onde articulam e comandam ações contra o patrimônio público.
Tudo que digo está fartamente noticiado nos jornais e revistas. Senão, vejamos: hoje podemos comprar uma garrafa de óleo de soja ou um quilo de feijão, ou uma calça jeans, ou um sapato com o mesmo dinheiro que comprávamos a cinco anos atrás? Claro que não. E o reajuste nos preços desses produtos acompanhou o reajuste dos salários? As pessoas estão menos pobres hoje, estão comendo melhor, vivendo melhor ou precisam trabalhar mais para pagar as contas? E as passagens dos transportes? Estão acessíveis? E quanto à segurança pública? Estamos melhor hoje? Podemos confiar na policia, na justiça, nos órgãos do Estado brasileiro? E a educação? Com todos esses recursos tecnológicos as crianças não deveriam ter melhor desempenho na escola? Por que isso não acontece? Será que a educação tem mesmo alguma qualidade? Então, por quê está entre as piores do mundo? E a saúde? Se ficarmos doentes encontraremos socorro médico de qualidade perto de casa? Se precisarmos de uma tomografia ou de uma ressonância magnética conseguiremos fazer o exame antes que seja tarde? Como andam as emergências dos hospitais públicos? Tem remédios? Tem gaze? Tem esparadrapos? Tem higiene suficiente para evitar contaminações? É tudo mentira.
A saúde, a educação e a segurança são um caos total. E não é com MAIS MÉDICO, com privatização de hospitais e escolas, com UPP's que vamos solucionar essas questões. É preciso ação de governo, inserção do Estado na sociedade, melhoria das condições sociais de todos para produzir algum fruto consistente. Menos que isso, é só discurso, retórica! Mentira!
O Estado brasileiro acabou com a saúde pública para beneficiar os donos de planos de saúde assim como quer acabar com a previdência social, que virou um saco sem fundo de tanta corrupção, para beneficiar os banqueiros. E quem se beneficia com tudo isso? Os agentes do Estado e seus comparsas; pois uns recebem “bônus” para serem usados nas campanhas eleitorais com a finalidade de se manterem no poder e movimentar a máquina da corrupção. Ou outros recebem os benefícios fiscais, os empréstimos oficiais, os perdões das dívidas, as licitações, as concessões dos serviços públicos...
É por isso que digo que o Brasil é o país da mentira.

Em junho desse ano o povo foi para as ruas protestar, exigir direitos. O governo ao ver tão grandes manifestações, infiltrou seus agentes para fazerem badernas e provocarem tumultos com a única finalidade de criar condições para uma repressão legal. As tropas foram posicionadas em frente ao povo como um dragão diante de um pintinho. Sabemos que é grande o poder do Estado brasileiro e sua ferocidade intimidou a população civil fazendo o movimento encolher. Mas a lição foi dada: O GIGANTE PODE SER ACORDADO!   Depois de vários atos repressivos, arrogantes e tresloucados o governo vem a público dizer que está ouvindo e atendendo as vozes das ruas. É mais uma mentira. Estão com medo das urnas eleitorais em 2014 e procuram maquiar suas ações e disfarçar seus movimentos para nos enganar novamente.
Tudo que nossos políticos falam, com raras exceções, é mentira. Matam nossas chances de crescer como povo, como nação soberana por causa de interesses pessoais e corporativos.
Quantos de nós conseguem ficar ricos depois de vinte, trinta, quarenta anos de trabalho? Mas, alguns deles tornam-se milionários, até bilionários em poucos anos. Eles, suas famílias, seus amigos enriquecem com o suor dos nossos rostos, roubando o dinheiro que deveria ser empregado na saúde, na educação, na segurança pública, no saneamento básico na melhoria da qualidade de vida das cidades. É assim que enriquecem: como o dinheiro dos impostos que pagamos. Depois dão migalhas em forma de auxílio. 

O brasileiro não precisa de esmola, precisa de justiça social e justiça efetiva. Nós cidadãos brasileiros queremos ser respeitados como pessoas dignas que somos. Já estamos fartos de sermos tratados como a escarradeira do mundo, capacho dos povos ricos, escravos de uma “elite” maligna que nos governa desde sempre. Queremos dar nosso grito de independência! Afinal, somos ou não somos uma democracia?

Eles têm tanta certeza da impunidade e da nossa passividade que mudam as leis e os juízes a seu bel-prazer. Os pedágios são uma indignidade. Ferem nosso direito de ir e vir; mas estão por toda parte. Os pardais são uma aberração legal que se transformaram em fonte inesgotável de recursos para os cofres públicos. E não digam que é para disciplinar o trânsito! Morrem mais de cinquenta mil pessoas em acidentes de transito no Brasil a cada ano; e ninguém faz nada. E o maior responsável é o Estado brasileiro que não cuida das estradas. A má sinalização, os buracos, o traçado são os maiores vilões nesses acidentes. A imprudência potencializa, é claro. Qual a solução? Simples: recuperar a malha viária e construir ferrovias nos grandes centros interligando regiões de considerável fluxo de pessoas ou cargas. Ninguém pensou nisso? É claro que sim. Mas não interessa fazer porque os grandes empresários do transporte não querem; e o Estado brasileiro, conivente e parceiro da corrupção não está pronto para perder as propinas vultosas. O que faz, então? Entrega as rodovias nas mãos desses grandes grupos que nem sempre fazem as obras necessárias e, no entanto, cobram altíssimos pedágios. Com isso o governo se exime das responsabilidades e agrada aos três lados (o povo crédulo também fica satisfeito). Aliás, ultimamente o Estado brasileiro vem trabalhando para entregar à iniciativa privada todos os setores que são sua obrigação constitucional cuidar: começou com as companhias de energia elétrica, passou para as estradas, as barcas, as pontes, os aeroportos, os portos, a saúde, a educação superior e por ai vai. Qualquer dia vão privatizar a educação de base e a segurança pública. Então para que precisamos do ESTADO? Somente para nos roubar? Somente para recolher impostos? O Estado foi criado para trabalhar em lugar do cidadão, da sociedade civil.

Estou completamente desiludido. Até gostaria de acreditar em alguns desses homens e mulheres que se colocam diante das câmeras de TV nos dias atuais. Mas está difícil.

Essa gente tem o poder político nas mãos, mas não têm autoridade moral para nos representar, para legislar em nome do povo brasileiro, para governar esta tão grande nação, para falar em nome de qualquer de nós. Tudo o que dizem são mentiras, engano. Usam máscaras para que não percebamos sua verdadeira face. São aves de rapina que pilham a vida de todos nós ano após ano, sem se importarem com nossa sorte, com nosso sofrimento. Tudo o que querem é lucro financeiro e status. Como se isso fosse mais importante que a vida humana. Não se dão conta de que nenhum mérito há em governar miseráveis. A grandeza está em liderar iguais. 

Perdoem-me, os dignos que ainda restam. Sei que ainda existem políticos sérios, idôneos no meio dessa quadrilha de apátridas que articuladamente estendeu seus tentáculos por todo o território brasileiro. É dessas poucas pessoas idôneas que espero alguma reflexão. Esperança concreta mesmo, só em Deus. Esse não mente nunca.

País rico é país sem valas negras, sem esgoto a céu aberto, com moradias dignas, com crianças de futuro, com idosos assistidos em suas necessidades, com trabalhadores dignamente recompensados por seu trabalho, com escolas decentes e educação de qualidade, com justiça imparcial, com governo democrático e com governantes e homens públicos honestos.
É isso o que temos hoje?
Então é tudo mentira. Esse é realmente o país da mentira. 
Eu sinto muito que seja assim. Sinto-me envergonhado de ser governado por essa gente sem caráter.

VERGONHA NACIONAL: MENSALÃO 6 x 5 JUSTIÇA

Infelizmente o mensalão venceu por seis votos a cinco. Embora a defesa do réus possa ser vista como peça de direito de altíssimo valor, para a sociedade brasileira não passa de mero descaso com a verdadeira justiça . Aquela que se baseia nos fatos consolidados e na aplicação da pena correta.
A justiça faliu.
A defesa dos direito dos mensaleiros tão veementemente expressa pelo juiz no dia de hoje nos dá a exata diferença entre "eles" e nós. Para esses, as leis e suas "brechas"que foram escritas por seus colegiados e a aplicação delas por seus prepostos. Para nós, a letra inflexível dessas mesmas leis, com a interpretação in flexível dos magistrados que execram essas mesmas brechas por onde só conseguem escapar os réus endinheirados que pagam vultosas quantias a exímios advogados com trânsito em todas as instâncias do poder.
É no mínimo suspeito o fato de o processo ter sido protelado até quase a saída de importantes magistrados da corte suprema. E, mais estranho ainda é o fato de os seus substitutos serem juízes que votam favoravelmente aos réus. É bem possível que tenha havido uma manipulação do processo para as data coincidirem com a saída dos magistrados que votariam pela condenação e punição imediata dos réus.

Com o resultado do julgamento no STF fica claro para a população brasileira QUE O CRIME COMPENSA QUANDO É PRATICADO POR QUEM ESTÁ NO PODER!!!

É por isso que milhões de reais são gastos nas campanhas eleitorais. Os corruptos e os quadrilheiros unem-se a empresários gananciosos para "TOMAR" o poder a qualquer preço. Sabem que o retorno é garantido. Os cofres públicos estão abertos, prontos para serem saqueados. Assim, enriquecem a si mesmo as suas e famílias criando feudos dentro dos estados e municípios de todo o Brasil, controlando o poder político e econômico, estabelecendo-se como "senhor" acima do bem e do mal, como mafiosos.
A nós, sociedade civil, resta a obrigação de retirar do cenário político essa gente que legisla e governa de acordo com seus interesses pessoais e se apropria da justiça e dos seus instrumentos para produzir bem-estar particular em detrimento do bem-estar público.
Vejamos se depois de todo esse discurso de direitos e justiça o cidadão comum será beneficiado com algum critério. Porque, não é bem isso que vemos ate aqui. PRECISAMOS APRENDER A VOTAR, A ESCOLHER AS PESSOAS PELO QUE ELES SÃO E NÃO PELA MÁSCARA QUE USAM PARA IMPRESSIONAR!!! ACORDA BRASIL!!!

ESCOLA X FAMÍLA

Sobre a educação é preciso dizer uma coisa: educação começa em casa, com os pais. A escola é para dar conhecimento. A responsabilidade de educar e fundar o caráter e a personalidade da criança é dos pais. Acontece que a maioria dos pais tem jornada dupla de trabalho e os filhos crescem "largados". Isso acontece porque o Estado brasileiro é nocivo e produz um sistema de governo escravagista que nos impõe alta carga tributária. Resultado disso é que as pessoas precisa trabalhar mais e viver menos para pagar as contas e ter alguma dignidade. Se o "sistema" fosse menos voraz os pais teriam mais tempo para ficar com os filhos e educá-los. Além disso, como educação de base é obrigação constitucional do Estado brasileiro, deveria haver escolas em tempo integral por todo o país. Desse modo, quando os pais estivessem trabalhando, os filhos estariam seguros e aprendendo a ser cidadãos. O resultado disso seria menos delinquentes juvenis e menos prisões cheiras de bandidos. Aí vem a outra questão: menos lucro com a miséria e a violência. Menos dinheiro nos bolsos dos corruptos. E, isso não interessa a muita "gente boa" que vive nos palácios...

MAIS MÉDICOS

Amigos, não é somente de médicos que o brasileiro precisa. De que adianta mais médicos se não houver mais leitos nos hospitais? De que adianta mais médicos se não houver medicamentos disponíveis para uso imediato? De que adianta mais médicos se não houver tomógrafos, ressonância magnética, pet CT, salas de cirurgias? De que adianta mais médicos se o paciente não tem comida de qualidade para alimentar-se e recuperar-se da doença? De que adianta mais médicos se o trabalhador precisa voltar ao trabalho antes de ficar curado porque a miséria que o INSS paga de auxílio não basta para o indispensável? É PURA HIPOCRISIA IMPLANTAR UMA SOLUÇÃO VERTICALIZADA SEM TRATAR A BASE. Todos esses discursos e ações dos últimos dias são direcionadas a massa da população brasileira que assiste TV. Assim o governo faz parecer que está oferecendo soluções imediatas ao povo, soluções simples que poderiam ser implantadas por qualquer em qualquer tempo. É uma mensagem clara e direta. O povo acredita e, havendo algum fracasso, isenta o governo da responsabilidade. Afinal, ele, fez sua parte. Ma a verdade, por detrás de tudo isso é: não existe saúde pública no Brasil. O SUS seria ótimo, se fosse levado a sério. Em vez disso, o Estado brasileiro quer acabar com a saúde pública, ou seja; livrar-se da obrigação constitucional de devolver a saúde ao cidadão brasileiro, entregando  essa responsabilidade as cooperativas privadas, ou aos planos de saúde. SAÚDE É DEVER DO ESTADO BRASILEIRO, COMO TAMBÉM A EDUCAÇÃO, A SEGURANÇA PÚBLICA DENTRE OUTROS... Fazer discurso é fácil. Mudar o país é uma tarefa difícil e cabe a todos nós. Nesse momento histórico nós, cidadãos conscientes, e até formadores de opinião, não podemos estar do lado ou contra o governo. Até porque o que todo governo quer é o controle das massas. Nós somos povo brasileiro e nossa obrigação é defender a verdade e nos unir POR UM BRASIL MELHOR. Nosso inimigo está no controle da situação. É ele quem define como vai ser nossa vida, qual o nosso futuro. É isso que precisamos mudar. Abraço a todos.

A CAMARA DOS DEPUTADOS MANTEVE O MANDATO DE DEPUTADO CONDENADO PELA JUSTIÇA

AFINAL, O QUE TEMOS EM BRASÍLIA? UM CONGRESSO NACIONAL COM AUTORIDADE, PODER E MORAL PARA LEGISLAR EM NOSSO NOME, A NOSSO FAVOR; OU UM COVIL DE MALFEITORES QUE NOS ROUBAM O DINHEIRO, A ESPERANÇA, A VIDA E O FUTURO? DEVEMOS TER FÉ EM QUE ALGUNS DELES "SE SALVAM" OU TER CERTEZA DE QUE SÃO "FARINHA DO MESMO SACO"? UM COISA SEI: TODOS ELES ESTÃO ACIMA DAS LEIS QUE NOS SUBJUGAM. É COMO SE HOUVESSE UMA CASTA DE GENTE COMUM, NÓS; E ELES, OS SENHORES DO BEM E DO MAL QUE HABITAM UM NÍVEL SUPERIOR ONDE AS MAZELAS NÃO CHEGAM, OS INFORTÚNIOS SÃO RECHAÇADOS E O RECEIO DA JUSTIÇA NÃO EXISTE. ALIÁS, QUE JUSTIÇA?!

O DESPERTAR DO GIGANTE




As manifestações sociais tomaram conta do país nesse junho de 2013. Protestos contra os altos valores das tarifas do transporte público, contra o caos na saúde e na educação, contra a corrupção desmedida e a impunidade, e por aí vai...
O brasileiro está acordando depois de meio século de abstinência da condição de cidadão digno, de pessoa humana com direitos e deveres, de “ser” pensante capaz de refletir por si  mesmo.
Por causa da virada do século não nos demos conta de quanto tempo vivemos ditaduras. A ditadura militar, a dos altos preços com suas maquininhas de remarcações, a do neocapitalismo com sua voracidade em acumular divisas e derrubar fronteiras; e que desembocaram no terceiro milênio com o apogeu da corrupção em todos os níveis da política nacional.  Nesse período surgiu e cresceu acentuadamente o descrédito nas instituições.
São cinquenta anos perdidos! Uma geração inteira que não teve oportunidade de viver, de crescer, de produzir, de construir futuro para si mesmo e para os seus. E, o que sobrou? Cadeias lotadas, educação destruída, saúde caótica, cidadãos omissos, resignados e uma horda de moradores de rua e drogados frutos mais evidentes das violências produzidas pelo Estado.
O pensamento, a reflexão, a liberdade foram atacados e reprimidos à bala e a golpes de cassetetes em todas as ruas e praças desse país. Surgiram os porões e os “paus-de-arara”, os desaparecidos e os subversivos. Muito sangue foi derramado na busca da liberdade de expressão e da democracia. Mas ela não veio.  O desejo de liberdade quase foi extinto. A produção cultural foi comprimida de tal forma que o hábito de refletir transformou uns poucos em “intelectuais”. A música e as artes produziram seus valores. E o regime recrudescia e impingia ao povo brasileiro uma vigilância implacável, um controle total.
Os movimentos democráticos que mudaram o mundo chegaram até nós e o Brasil foi sacudido, de norte a sul, de leste a oeste, pelo grito de “diretas já”.
Renasceu a esperança. Não havia rico e pobre, negro e branco, velho e novo.  Todos eram brasileiros de um verde-amarelo marcantes, sólidos. As mãos se uniam, os discursos se completavam, os gestos apontavam uma mesma direção: “eleições diretas”.  Seria a liberdade total!
O grande ícone das diretas mostrou o caminho: um presidente conciliador, liberal e com experiência de governo; um estadista nato. Não tivemos direito de votar. O Congresso Nacional o elegeu por votação indireta. Mas, tínhamos finalmente um presidente civil.
Ele morreu.
Ele morreu e levou para o túmulo parte dos nossos sonhos e aspirações. Seu sucessor, embora tenha ocupado a cadeira presidencial com a missão de nos conduzir a democracia plena, criou separações entre ricos e pobres, negros e brancos. Foram os piores anos da nossa história recente. Inflação desenfreada, quebra de empresas, remarcações de preços e uma ciranda econômica que produzia milionários da noite para o dia com a especulação financeira e cada vez mais aprofundava o abismo entre ricos e pobres.
Elegemos o primeiro presidente pós-regime militar com  a certeza de que ele daria um rumo a economia, poria fim a corrupção e diminuiria as desigualdades sociais.
Rápido como chegou, saiu. Os “caras pintadas”, conduzidos pelas mãos dos “donos do poder”, gritaram, pediram e conseguiram um “impeachment” daquele que deveria ser o primeiro zelador da nova democracia! Foi a cassação do caçador de “marajás”.
De lá para cá o que vemos é o Brasil afundando em corrupção, fraudes financeiras, demagogias. Os governos se sucedem e se perpetuam no poder. Não há mais o lado certo e o errado. Não há mais divisão ideológica. Todos os partidos políticos têm o mesmo objetivo: alcançar o poder para obter lucro financeiro e construir hereditariedade. Não há visão de Estado. Não há patriotismo. Não há mais aquele amor a Bandeira Nacional que nos fazia cantar o Hino pátrio com ardor. Não há futuro, porque não há esperança nesses apátridas que legislam e governam nossas vidas.
Por isso precisamos mudar tudo. Ou continuaremos na mesma. No Brasil de hoje não há mais espaço para a dúvida. Temos de parar e fazer uma séria reflexão sobre o que somos, quem somos e o que queremos ser. Temos sido fantoches de um circo que está com as lonas rotas e o picadeiro tomado de cupins. Fazer a escolha certa pode ser um primeiro passo para a reconstrução. A escolha errada pode ser o fim de todas as nossas possibilidades.
Nesse junho de 2013 o país foi novamente sacudido por uma onda de manifestações democráticas e legitimas. Isso surpreendeu o governo brasileiro acostumado com um gigante dócil e adormecido. Nos primeiros momentos houve uma paralisia em seus mecanismos de defesa. Entretanto, logo em seguida ele reorganizou a retaguarda e passou ao ataque. Infiltrou seus agentes, produziu notícias na mídia, desviou a atenção do foco, ameaçou retaliar, punir e, por último, encenou atos de democracia e justiça.
Sabemos que o poder político e econômico trabalha escondido com a máscara da democracia. Ele sorri enquanto nos apunhala, proclama justiça enquanto aperta a corda em nosso pescoço. Ele não quer perder seu trono. Sente-se seguro ali.
É hora de acordarmos.
Eu era um menino quando meu pai me ensinou que a união produz força. Ele mandou que eu quebrasse um galho de um arbusto. Quebrei. Então ele juntou cinco ou seis ramos e mandou-me quebra-los juntos. Sequer envergaram. Isso nunca mais saiu do meu pensamento. Compreendi que juntos somos capazes de fazer coisas que não podemos se estamos sós.
Uma nação como a nossa, com quase duzentos milhões de habitantes não pode se envergar diante de um grupo de pessoas que se dizem donas do poder. Afinal, “Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”. Está na Constituição Brasileira.
Se o poder é nosso devemos tirá-lo de quem não o está exercendo de acordo com nossa vontade e necessidades. Os governantes e legisladores vêm e vão. O país fica. A nação continua.
Não tenho certeza de que haverá mudanças significativas em nossa sociedade antes do final desta década. Porém, uma coisa é certa: esse país não é o mesmo que começou 2013. O perfume da verdadeira democracia está impregnando pessoas e transformando-as em cidadãos. Isso é contagiante.  O pensamento está livre dos laços que o retinham. A reflexão foi instigada. O gigante está se levantando e dará seu grito de liberdade muito em breve!
ACORDA BRASIL!!!

ACORDA BRASIL!!!

TODO GOVERNO QUER LUCRO E REGALIAS. CABE AO POVO EXIGIR RESPEITO, CONSTRUIR FUTURO E ZELAR PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
SE O PODER PERTENCE AO POVO E EMANA DO POVO COMO DIZ A CONSTITUIÇÃO, TEMOS O DEVER E O DIREITO DE PROTESTAR CONTRA AS INJUSTIÇAS DE QUE SOMOS VÍTIMA E LUTAR PARA QUE O CURSO DA NOSSA HISTÓRIA SEJA CORRIGIDO!
ACORDA BRASIL!

MANIFESTACÕES INICIAM NOVA ERA NO CENÁRIO POLÍTICO BRASILEIRO

ACORDA BRASIL!!!

AINDA BEM QUE EXISTEM PESSOAS NESSE PAÍS QUE PENSAM, REFLETEM, EXAMINAM E CONCLUEM POR SI MESMO! GRAÇAS A DEUS! NÃO SOMOS GADO QUE VAI ATRÁS DO BARULHO DO SINO; NÃO NOS CURVAMOS MAIS DIANTE DAS DIFICULDADES, NÃO NOS SUBMETEMOS PACIFICAMENTE AOS MAUS TRATOS GOVERNAMENTAIS. QUEREMOS JUSTIÇA EQUILIBRADA! QUEREMOS RESPEITO! NOS TEMOS DIGNIDADE E ORGULHO DE SERMOS CIDADÃOS BRASILEIROS!!!

A História contada de quem viu de perto.



RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO

A verdade sufocada

À Senhora Jornalista Miriam Leitão

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM.

Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer".

Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.

No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.

Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo.

Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.

Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas.

Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37.

Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.

Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler.

O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem.

Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.

O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.

O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana.
A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.

Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça, eles eram políticos. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.

Eram os políticos que se degladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça, sabe bem disso!

A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Mais uma vez eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem.
Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.

Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros, a Esperança da vassoura, Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.

Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.

Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem.

Minas desce. Liderança primeira de civil; a era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe, só não sabemos se deles ou nosso.
Não vamos ser hipócritas, a senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968".
Não há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência e os políticos sempre jogam a responsabilidade em manter a ordem aos militares. Afinal eles levaram a desordem.

Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País.
Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso.
Veio a ANISTIA e João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos, pois Ulisses Guimarães não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia.
Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.

DIRETAS JÁ! Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais.
Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo.
Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. A corrupção e a desordem estão ficando acima da lei e da ordem!
O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.
Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Certo, houveram excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia. Se chegaria a um concenso na conversa? Existia controle social para tal?
Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso.

Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. Estamos sem ética e sem moral, estão esquecendo os bons princípios e mais, os políticos são despudorados.
O Brasil vem sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens, desrespeitam a todos e só pensam na sobrevivência política, independente do preço a ser pago pelo povo!

Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.

Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO

12 de março de 2012

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