2012

Que o ano de 2012 nos traga mais saúde pública, menos violência e menos corrupção para que tenhamos chance de enxergar algum futuro! Deus nos ilumine para divisarmos caminhos em meio a escuridão de idéias que paira sobre nossa nação. Sejamos fortes e persistentes até além dos nossos limites!Afinal, precisamos sobreviver a todas as adversidades para protegermos nossos filhos, nossos netos e todos os que vamos deixar aqui. "Eles" passarão! O BRASIL continuará! Graças a DEUS!

FELIZ ANO NOVO!

MENSAGEM DE NATAL

É Natal em nossos corações. Momento de evocar o menino Deus que existe em cada um de nós para trazer um pouco mais de alegria, paz e humanidade ao nosso mundo.
Que nesse dia todos, indistintamente, possamos refletir sobre o real motivo de estarmos aqui, sobre nossa missão e, principalmente, no que estamos fazendo para cumprí-la.

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE REALIZAÇÕES!

É o que desejo a todos.

Carlos Gama

O BRASIL DE TODOS NÓS

Precisamos acordar para as coisas que estão acontecendo em nosso país. Por todos os lados ouvimos falar de escândalos financeiro, mensalões, corrupção em todos os níveis e, parece que isso não nos atinge; parece que estamos muito distantes dessas pessoas intocáveis, irreais, endeusadas em seus templos de empáfia, arrogância e desumanidade. Além disso, tais personagens descobriram um modo de protegerem-se mutuamente usando o artifício de uma lei tendenciosa que lhes permite serem inocentes até que se prove o contrário; ou seja: nunca! Estão debochando de nós enquanto nos oprimem com a injustiça dos seus atos, com sua omissão diante dos nossos problemas mais graves e não nos importamos com isso.
Afinal, o que somos? Nos tornamos surdos-mudos? 
O que temos hoje, democracia plena ou o governo de uma oligarquia insana que para se manter no poder tem permitido que a corrupção desenfreada tome conta de todo o país? Não há um um município desse nosso Brasil do qual se possa dizer: aqui não há corrupção. A gíria popular: "tá tudo dominado" é a frase certa para expressar nossa realidade atual.
Então, o que será de nós? Vamos todos nos tornar corruptos, bandidos?
Precisamos acordar, antes que seja tarde demais.

PROFISSÃO OU SACERDÓCIO?

Neste dia quinze, dia do professor, deixo aqui registrado o meu abraço e a minha saudade. 
O abraço é para todos os profissionais da educação que dedicam suas vidas ao ensino e a formação dos novos brasileiros que a cada ano chegam as salas de aulas de todo o país. Ser professor no Brasil é um verdadeiro sacerdócio. Hoje, além dos obstáculos estruturais, gerenciais e políticos há tambem barreiras socio-culturais. O professor muitas vezes tem de ser mediador de conflitos oriundos das diferenças pessoais existentes nas comunidades e grupos socias onde atua. Por vezes, ele mesmo torna-se vítima desses conflitos, sendo atingido na sua integridade física ou na sua capacidade de exercer a profissão.
A minha saudade vai para as minhas professoras do primário - era assim que se chamava o primeiro ciclo do ensino fundamental, em minha infância - Professoras Maria Jose Sampaio, Ilda Delgado Vale, Gilda. E para os inesquecíveis professores do ginásio Cileda e Ivan Krilof, deficiente visual que, superando suas limitações conseguiu bolsa de mestrado em uma grande instituição, fato que nos encheu de orgulho.
Professor, a sua luta não é vã. Como dizia Monteiro Lobato, "Um país se faz com homens e livros". Parabéns.



BRASIL: UM PAÍS DE TODOS


Todos os noticiários dão conta do momento incomum pelo qual estamos passando e, parece que, afinal, parte da população resolveu despertar do sono democrático e desfraldar as bandeiras da moralidade, da dignidade e da transparência.
Esse é o sonho de todos nós: um país sério, respeitado, com instituições sólidas e governantes e legisladores comprometidos com projetos nacionais; sem as mesquinharias próprias das ambições pessoais, partidárias ou setoriais. Um país para todos!
Entretanto, desde que a República pós-governo militar se estabeleceu o que se vê é um crescente de corrupção e abandono dos projetos de desenvolvimento nacional em prol do capital especulativo, das grandes corporações, e de grupos de apadrinhados político que se agarram as tetas do tesouro nacional aproveitando-se da nossa omissão ou descaso. Com isso, o país afunda em uma crise de identidade sem precedentes. É visível o desprezo da população pelo exercício do poder político, pelos detentores de mandato eletivo, pelos governantes, todos alinhados no mais baixo nível da estima nacional. Até o judiciário que já foi considerado baluarte da democracia, instância suprema da esperança desse povo gentil, está desacreditado.  A visão de alguns de seus proeminentes membros (muitas vezes tendenciosa ou incompreensível a nós leigos) na defesa do direito de quem aos nossos olhos não deveria ter direito algum, associada à aplicação da justiça de maneira diferenciada tem produzido efeito devastador no seio da sociedade.  Estamos vivendo um período do “salve-se quem puder”. Pois ninguém mais tem a quem recorrer.
O poder público estertora diante das tragédias e violência mostrando despreparo para situações para as quais deveria estar preparado. A justiça vende sentenças. O Congresso capitula diante de um governo que lhe exige subserviência em troca de favores pessoais, políticos e financeiros. Até a voz da oposição está calada. Não há quem proteste com argumentos sólidos ou com voz firme. O povo brasileiro está sozinho. Nosso barco navega a esmo no mar da covardia levado pelo vento da publicidade institucional na esperança de chegar a algum porto seguro, se Deus nos ajudar.
A imprensa tem cumprido seu papel de alertar, divulgar e chamar a atenção para os fatos acima descritos. Porém, até ela tem seus limites. Mesmo assim tem conseguido provocar em alguns cidadãos um sentimento de dignidade quase morto e sepulto na maior parte da população. Além de não deixar morrer a esperança de dias melhores.
Ver que o crime compensa e recompensa; e que sua prática, muitas vezes, transforma o cidadão comum em notório mudou o conceito de justiça que construímos ao longo dos anos. Isso é mau. Isso leva à decadência moral e política, à desconstrução do sentimento de democracia e propicia o surgimento de conflitos sociais, pela valorização das individualidades, e aumento da violência.
Onde está a oposição? Onde estão os políticos eleitos com essa bandeira? Porque não saem de seus gabinetes em defesa da nação brasileira? Onde estão nossos intelectuais que não mais se pronunciam? Será que todos estão satisfeitos com essa situação? Porque não ouvimos propostas alternativas? Será que ninguém tem o que dizer? O atual governo tornou-se absoluto, supremo ao ponto de congregar todas as correntes ideológicas em torno de si?  “Toda unanimidade é burra” Disse uma grande personagem brasileira.
Ainda bem que alguns bombeiros do Rio de Janeiro deixaram de cumprir suas funções para incendiar e desorganizar essa organização que se assenhoreou do poder público. Porque o que eles fizeram tem servido de estopim para provocar um movimento popular de resgate da dignidade. Pena que a “faxina” está sendo feita seletivamente.

LIÇÃO DE DIGNIDADE


Estou cheio de inveja dos japoneses após tomar conhecimento de dois fatos ocorridos essa semana:
1 – O primeiro ministro japonês pediu demissão do cargo, mesmo depois de comandar a reconstrução das áreas atingidas pelo tswnami, por reconhecer que não foi capaz de prever a catástrofe e promover a evacuação das áreas de risco a tempo de impedir a destruição que vitimou a população;
2 – O governo atualizou os dados referentes às contas do desastre e vai devolver à cruz vermelha a quantia de cento e oitenta milhões de dólares não gastos.
Enquanto isso, aqui nas terras tupiniquins, algumas pessoas enriquecem de uma hora para outra, ganham fortunas em um mês, transformam-se em ministros, governadores, senadores milionários e donos de ilhas paradisíacas e de castelos, de frotas de aviões e mansões cinematográficas, à custa do erário público. Roubam descaradamente superfaturando contratos e obras públicas, tecendo acordos espúrios com empresários gananciosos e, quando são pegos, recorrem à máxima de que “todos são inocentes até prova em contrário!”. Ou, se escoram na imunidade a que têm direito concedido por uma lei mal escrita e injusta, produzida por potenciais delinqüentes que anteviam a possibilidade de alguma condenação por atos futuros; e, com isso, procuram passar uma imagem de gente comum e honesta.
Onde está a dignidade do cargo público? Onde está a moralidade pública?  Onde está o respeito devido aos cidadãos por qualquer ocupante de função pública?
Nessas horas tenho inveja de povos como os japoneses e outros onde a justiça é uma só, sem máscaras e sem labirintos escuros, sem atos secretos. Povos milenares, ou centenários, mas que buscam construir sociedades e nações onde o princípio da unidade impere. Povos que vêem seus dirigentes como pessoas normais e comuns e não como deuses inatingíveis pelo braço da lei e da justiça.
No nosso Brasil, há uma inversão de valores. Tudo o que não presta está bem protegido e o que há de bom é execrado. Exemplo disso é a família, a educação, a saúde, a segurança, as instituições sérias e as pessoas honestas que são vilipendiados diariamente, covardemente pelo poder público e seus agentes. O povo trabalhador, que é a força desse país, é sufocado pelo incontável número e valores dos impostos cobrados diretamente e em cascata. Enquanto os apátridas, os roubadores das nossas vidas fraudam, corrompem e ainda conseguem financiamentos oficiais, perdão de dívidas fiscais e contratos milionários com os órgãos públicos. Pior, se uma pessoa simples comete qualquer delito é presa, algemada e lançada na cadeia, antes mesmo de qualquer sentença, sem defesa. Se um desses “figurões”, por obra da imprensa brasileira que, “graças à Deus” não se cala e não fecha os olhos, é pego com dólares na cueca, com malas de dinheiro sujo, os em algum golpe financeiro logo aparecem os defensores da “legalidade, da justiça e dos preceitos constitucionais” que não permitem tratamento desumano, constrangedor ou que  cause danos a imagem do criminoso de colarinho branco.
Isso é um absurdo, uma falta de vergonha absoluta!
Nesses momentos tenho inveja dos japoneses, dos americanos do norte, dos ingleses, dos canadenses...
Ah, se essa moda pegasse no Brasil! Dentro de poucos anos seríamos verdadeiramente respeitados em todo o mundo como nação soberana e séria, governada por homens dignos.

ESPERANÇA

Você invadiu minha vida de modo inesperado
E sem que eu percebesse tomou conta de mim.
Depois, como chegou foi embora
Levando meu sorriso, minha alegria.

O tempo passa e eu sobrevivo.

Ando a esmo pelas ruas como um náufrago sem mar
Buscando encontrá-la em cada rosto que vejo,
Em cada olhar que cruza o meu olhar,
Em cada sorriso que morre em meus lábios.

Voce levou a minha vida
E a esperança de encontrá-la é que me move...

Nunca pensei que amar doesse tanto!
Mas sei que um dia quando voce voltar
Todo esse sofrimento, essa busca terão fim,
E nos daremos as mãos
E construiremos uma nova estrada,
Uma nova vida, juntos!






























DOIS MUNDOS, DUAS VIRTUDES


Ultimamente, temos assistido diariamente noticiários a exposição de personagens políticos e de fatos relevantes nos cenários nacional e estadual.  
Tivemos o caso Palloci dominando as manchetes por um bom tempo. Em seguida, vieram os bombeiros militares do RJ com suas justas reivindicações e seu ato de desespero (a tomada do quartel central da corporação) por uma remuneração menos indigna, por condições de trabalho condizentes com a função e objetivo da instituição. Agora temos nos jornais a exposição do “calcanhar de Aquiles” do governador Sergio Cabral com a divulgação na mídia de suas relações com empresários que são também beneficiários de contratos com o Estado do Rio de janeiro e grandes doadores de sua campanha política no ano de 2010.
Todo esse enredo nos leva a uma pergunta óbvia: porque tanta voracidade em conquistar e manter o poder em tão poucas mãos?
A resposta, por mais simples que seja não fica tão óbvia quanto a pergunta, porque ela está escondida por detrás das aparências, dos sorrisos melodramáticos, dos rostos bem cuidados, dos gestos calculados para aparecer nas fotos dos jornais e nas reportagens de TV. Mas ela é curta: a ganância.
O poder seduz de tal maneira que para ele tudo que esteja fora do seu círculo, não existe. E, para se manter incólume qualquer arma é legítima. Assim compreendido, o poder que delegamos aos nossos governantes e legisladores tem nos transformado em escravos das suas paixões, dos seus vícios, da sua luxúria, da sua arrogância, do seu desprezo.
Os escândalos estão se tornando para nós “estórias de faz-de-conta”:  assistimos e parece que estão muito distantes da nossa realidade. Isso porque o mundo onde eles acontecem não é o nosso mundo. Estamos acostumados a lidar com a miséria, com a pobreza, com a dor, com a lama das ruas, com os ônibus cheios e os trens lotados, com as balas perdidas, com o chão dos hospitais, com o descaso e os abusos de autoridades, com as escolas sem condições físicas e sem professores para ensinarem aos nossos filhos o conhecimento necessário a sua vida em sociedade.
Em nosso mundo as contas giram em torno de alguns reais; quando as contas passam de mil reais já nos assustamos. Nada comparado aos vinte milhões que um homem pode ganhar em poucos dias, nada comparado aos mais de um milhão da reforma do maracanã, nada comparado aos mais de vinte bilhões que serão gastos nos preparativos da copa do mundo! E nós lecionamos corrupção nas escolas da FIFA!  
Como o Brasil é rico! Podemos pensar. Então, porque será que somos tão pobres? Como construíram esse outro mundo onde todos são celebridades? Esse mundo particular que vemos na televisão e que nos parece irreal, como uma novela bem elaborada com personagens magníficos, com carrões, aviões, iates, roupas caras importadas, mulheres que parecem feitas sob medida, sorrisos de pura porcelana?   
Esse mundo ao qual não temos acesso é construído e mantido com o nosso dinheiro. Cada centavo desses milhões, desses bilhões sai do suor dos nossos rostos, dos nossos lombos feridos de carregar o peso dos anos de labuta honesta para alimentar uma “casta de governantes” que nos vê como cães famintos e rejeitados, indignos de sua atenção.
Somos nada para eles. Cada um de nós lhes parece similares a peças de uma engrenagem na produção das suas riquezas. Quando enfraquecemos e ficamos impossibilitados para o trabalho somos substituídos e relegados à própria sorte como se fazia com os leprosos no passado.  

O nosso mundo é particular e singelo, feito de coisas explícitas e visíveis. O brasileiro comum tem começo meio e fim como qualquer pessoa ou caminho, sem atalhos secretos, sem atos secretos. Então, como compreender e combater agentes que usam de ardis, de subterfúgio, de métodos incompreensíveis para a maioria de nós? Essas pessoas nos parecem muito acima de nós. São como deuses aos quais tudo é permitido, mesmo nos infligir pesadas cargas tributárias e penalidades severas quando não podemos pagar as obrigações fiscais. Nós os amamos na felicidade e nos comovemos com suas palavras e gestos. Aceitamos suas explicações sobre as dificuldades para nos “abençoar” com uma ruazinha asfaltada, ou um carro de polícia para circular pelo bairro. Compreendemos como é difícil erguer um hospital e pagar aos bombeiros e professores um salário melhor. Sim, porque nós, o povo, somos homens de carne e osso e podemos compreender qualquer coisa. Sangramos diariamente sob o peso das injustiças contra nós perpetradas e, quando aparecemos nos jornais e TV’s é por causa de alguma desgraça que bateu  a nossa porta. Essa é a única ocasião em que somos notícia; logo somos esquecidos. Afinal, ninguém quer ver rostos sofridos e lágrimas reais na tela da TV. Diferentemente “deles” que estão na mídia todos os dias sob os mais diversos pretextos.
Esses dois mundos coexistem pacificamente mesmo sendo seus habitantes tão diferentes na aparência, no vestuário, no comportamento, no valor que dão ao que chamam de “status social”, no aspecto físico das suas comunidades, na quantidade de bens que possuem e principalmente no tipo de trabalho que exercem. Em um dos mundos as pessoas laboram arduamente para construir uma moradia simples e comprar um veículo à prestação. No outro, trabalhar é uma punição pela incapacidade de construir laços de amizade que se traduzam em vantagens pessoais e fortuna.
Em um dos mundos a virtude é a moral e seus habitantes são chamados trabalhadores. No outro a virtude é a corrupção e seus habitantes são chamados “elite”.  
Com diz o velho ditado: ”Onde há fumaça há fogo”.

Até quando vamos suportar a afronta dessa gente que se coloca acima de nós, acima do direito, acima da lei?
“Podem escravizar nossos corpos e confiscar nossos bens; mas não podem apagar a chama da liberdade que arde em nosso peito!”. Carlos Gama/2006

O QUARTO PODER DA REPÚBLICA



Não sei bem como denominar esse estado de lassidão em que vivemos hoje.
“Tudo está bom, não importa o quanto seja ruim. Tudo vai melhorar, não importa o quanto tenhamos de sofrer. Nada disso vai mudar, é melhor deixarmos assim mesmo. Podem roubar desde que façam alguma coisa para o povo. E por aí vai”.
Estou incomodado. Sinto-me caminhando sem destino em meio a uma multidão de perdidos. O brasileiro está perdendo a noção de dignidade, de idoneidade, de cidadania. Os pais já não pensam em construir no filho um caráter que reflita os valores morais, cívicos e religiosos que serviram para nos conduzir até pouco tempo atrás. Pensam em ensinar aos filhos como levar vantagem e sobrepor-se aos demais, não importando os meios. Os filhos querem apenas não ter a vida difícil dos pais nem que para isso seja preciso cometer ilícitos. A família não é mais a base da sociedade. Essa base hoje é o grupo de pessoas que têm interesses e métodos afins.
É melhor ser igual a todo mundo do que, sendo diferente, correr o risco de ser miserável! E, ser igual à maioria significa ser venal. Essa é a imagem que cada um de nós faz do outro. Venal, corrupto, pronto para cometer e aceitar deslizes. Ninguém é de ninguém. Já não há respeito pelas pessoas, pelo patrimônio alheio, pela condição física ou moral de quem quer que seja.
Tudo o que existe é um amontoado de regras para serem burladas. Tudo inútil.
Para que serve nosso Legislativo? Para criar leis injustas que servem mais a quem as produz do que á nação. Para que serve nosso judiciário? Para julgar e condenar pobres e negros, vítimas de um Estado violento e desumano, que lhes rouba a vida e os sonhos e a esperança.  Para que serve nosso Executivo?   Para construir horda de dependentes financeiros, súditos cegos e moucos, incapazes perceberem a ruína diante dos seus pés. Além disso, fomenta a institucionalização do quarto poder: a corrupção. Sim. A corrupção no Brasil deixou de ser um desvio de conduta e transformou-se em uma grande instituição com interesses financeiros próprios, com métodos de trabalho lógicos e inteligentes, com informantes, e funcionários ocupando cargos hierárquicos em todo o território nacional.
O poder dessa instituição é tão grande e tão bem distribuído que conseguem burlar ou modificar as leis de acordo com suas necessidades. Para isso valem-se hábeis advogados, do dinheiro farto que muda de mãos com rapidez, dos acordos políticos, da mídia que lhes dá espaço sempre que necessário, do “marketing” pessoal e até da letra fria da lei, que garante imunidade a muitos desses corruptos, e inesgotável direito de defesa. Tudo é tão bem amarrado que mesmo quando há uma condenação os recursos jurídicos colocam os réus em liberdade. E a partir desse momento acontece a inversão dos fatos. Os réus transformam-se em vítimas e usam a lei a seu favor.
De norte a sul do Brasil é isso que vemos. O poder da corrupção estabeleceu-se e ramificou-se. Não importa se o Estado é pequeno ou grande, se a cidade é insignificante ou poderosa, se é bairro elegante ou uma favela.  A corrupção está presente em todo lugar. Na rua que moramos ou passamos, lá está ela com seus tentáculos estendidos pronta a auferir alguma vantagem. Seus agentes vestem sempre os mesmos disfarces: de gente boa que quer ajudar mesmo que para isso precise burlar a lei.
E, assim vamos vivendo. Uma propina aqui, um jeitinho ali, uma facilidade que não causará dano a ninguém e, no final das contas, todos pagam alto preço.

De modo sorrateiro e paternalista a corrupção ocupou seus espaços e transformou-se em poder absoluto. No atual Estado brasileiro é quase impossível realizar qualquer tarefa em tempo razoável, sem valer-se dos agentes da corrupção. E nós estamos nos acostumando a conviver com essa realidade.
Suportar um Estado corrupto e corruptor está modificando nossos conceitos primários. Estamos deixando de ser cidadãos conscientes para sermos público de um espetáculo circense pobre e leviano, sem conteúdo, cujo único objetivo é manter a platéia alheia à realidade dura e cotidiana que está prestes a roubar-lhe a vida.
Essa grande nação está a um passo da desmoralização total. Se no passado fomos chamados de “país não sério”, imagino hoje, com a institucionalização da corrupção como poder nacional. E ainda assim estamos rindo e aplaudindo, felizes feito crianças diante do brinquedo novo.
O que está acontecendo conosco? 



FELIZ PÁSCOA

Esse é um bom momento para fazermos uma reflexão sobre o que é fé, amor e persistência. A páscoa original significa união, fé, coragem, força e visão objetiva para construir um futuro. Essa é minha esperança...! Desejo a todos uma feliz páscoa.

UM POUCO DE POESIA


“A dor que me afeta não é a física, da fome. Não é o estertorar da morte, nem o pânico; é uma dor secreta, inconsciente, forte, abrigada desde cedo no fundo do meu coração. É uma dor que sufoca, que magoa e desatina; que torna tudo cinzento, frio, sem sentido... É uma dor clandestina, chamada solidão.”

FÉ E RELIGIÃO

“Não é a fé que professamos que nos torna diferentes dos outros homens; é a forma como se pratica a religião. A fé aperfeiçoa o caráter, melhora a personalidade e conduz a vida. A religião, com suas implicações políticas e financeiras, leva à intolerância, ao ceticismo, à fornicação, às deturpações do homem primitivo, pura essência de Deus.”

Seguidores

Twitter

CARLOS GAMA Copyright © 2011 - Todos os Direitos Reservados