REFORMA ELEITORAL III

Em um país livre, pleno de direitos, o cidadão precisa aprender que suas decisões influem na vida do seu próximo e na sociedade de modo geral. A prática é que cada um busque seu próprio benefício, individualmente e não o bem comum. Isso é que está errado. Um país, uma nação é um todo composto individualidades, mas que precisa de doações pessoais para sua constituição. Desse modo, mesmo buscando a realização pessoal o verdadeiro cidadão precisa emprestar de si aquilo que é necessário a toda a sociedade. Essa consciência política inexistente na massa da população brasileira é fruto da crescente necessidade de subsistência. Quem consegue recusar um pão estando faminto? Filosofar sobre a condição moral e ética das pessoas é fácil quando se está protegido, alimentado e com o futuro garantido. Manter a dignidade e resistir às tentações é que se torna difícil dia a dia nesse país onde a prática de injustiças, a corrupção e a falta de seriedade se tornaram corriqueiras, comuns. Garantir direitos e torná-los plenos é, no mínimo, uma retribuição pelos muitos anos de sacrifícios do cidadão brasileiro. Além de ser um exercício democrático. Talvez derrubar o voto obrigatório seja uma maneira de instigar o cidadão comum a uma reflexão sobre sua importância na construção desse país. E, não necessariamente muni-lo de uma moeda de troca.

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