DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Estamos em véspera de ano eleitoral e em plena campanha presidencial, embora ilegal por estar fora do prazo. Isso deixa claro que o poder é o poder e quem o detém faz o que bem quer com os demais. Por isso é bom estarmos atentos aos desmando, aos nomes da "moda", aos "donos do poder" para lembrarmos de os deixar de fora no próximo pleito senão corremos o risco de sofrermos os mesmos abusos de sempre. E olha que esse "sempre" equivale a mais de cento e cinquenta anos de história! Isso é um absurdo!
Aproveitemos para olhar as fisionomias bem cuidadas e plásticas dos nossos políticcos. Aparecem nas reportagens de tv como verdadeiras personalidades públicas, respeitáveis, idôneas, acima de qualquer suspeita. "Nenhum dos nossos políticos jamais se envolveu em falcatruas, em corrupção. No máximo foram envolvidos em algum mal entendido". Isso é o que dizem sempre. E nós acreditamos. E eles vão continuando no poder e legislando em causa própria, enriquecendo, dividindo os lucros entre si enquanto o povo continua sobrevivendo às balas perdidas, à falta de sáude pública, à falta de saneamento, à falta de emprego e de perspectiva de futuro.
Talvez seja a hora de nos perguntarmos o que será de nós daqui há dez anos, vinte anos. E nos perguntarmos também que país vamos deixar para nossos filhos.
Se nossos pais não puderam nos legar nada melhor do que isso que hoje temos, devemos trabalhar com afinco para construirmos alguma coisa maior, menos nociva, que ofereça âs gerações futuras espectativa de vida com qualidade melhor que a nossa.
Se baixarmos a cabeça ou nos omitirmos certamente tudo o que poderemos deixar aos nossos filhos e netos será o horror da miséria e da morte.
Às vezes é preciso engolir em seco e continuar em frente. Não podemos nos dobrar diante das adversidades. É quando tudo parece perdido que devemos retirar forças do mais profundo de nós para reagirmos com ímpeto redobrado e superar nossas limitações. Só assim podemos estar à altura de nós mesmos.
Uma coisa é certa: se não tomarmos as rédeas das nossas vidas nas mãos vamos continuar sendo conduzidos como gado errante por essas pessoas que nos enxergam como fonte de lucro fácil.
As leis são para serem respeitadas por todos, incondicionalmente. Quando o próprio presidente da República antecipa o debate e a campanha em claro sinal de desrespeito às normas estabelecidas, devemos nos perguntar quem deve respeitar as leis. Somente nós, o povo, talvez seja a resposta... Afinal, ele é o magistrado supremo da nação, o defensor mor das leis. Por isso mesmo não deveria burla-la. Mas, em se tratando de Brasil... Qualquer de nós, cidadãos comuns, que praticassemos os mesmos atos já estaria sendo processado.
Por haver várias interpretações para uma mesma lei e por haver pesos e medidas diferentes para ricos e pobres é que devemos estar atentos aos acontecimentos. Eles legislam em causa própria e se defendem mutuamente. Desse modo nunca vamos ter uma lei que sirva ao pobre e ao rico da mesma maneira. Nunca vamos realmente poder dizer que o brasileiro vive em uma democracia plena. Precisamos fazer alguma coisa por nós mesmo urgentemente. Até porque esse é o nosso país, o nosso lugar, o nosso torrão!
Viva o Brasil e vamos todos nós brasileiros!

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