O VALOR DA DIGNIDADE E A FALTA DELA

Dizem que antes deste governo os pobres não estudavam em universidades, não tinham planos de saúde, não tinham bons empregos.
Não bem a verdade: quem estudava com afinco conseguia vaga em universidade pública. Conheço várias pessoas, inclusive eu, que passaram em vestibulares para UERJ, UFF, UFRJ. Bom plano de saúde é relativo, pois hoje há vários e nenhum é bom o bastante. Aliás, em alguns espera-se mais por um exame e consulta médica do que em hospitais do SUS; que, a meu ver, é o melhor sistema de saúde pública do mundo, falta funcionar plenamente, falta gestão.
Bons empregos também é relativo. Eu tenho um excelente emprego e nunca precisei puxar saco de ninguém nem receber auxílio em forma de bolsa. Apenas sentei meu traseiro na cadeira e estudei um pouco mais. Deixei de sair algumas vezes, deixei de beber algumas cervejas e me dediquei a um objetivo. 
Viajar de avião eu posso, não porque é barato ou acessível a qualquer um por ação de governo e sim por causa da concorrência e modernização dos transportes, fato que tem raízes na abertura econômica promovida pelo governo Collor e continuada nos governos que sucederam. 
Sempre trabalhei e paguei minhas contas sem ajuda de programas de governo. Criei meus filhos e estou aqui, escrevendo para todos lerem que: qualquer um de nós pode fazer o que quiser da vida. Depende de empenho e boa vontade. 
Programas assistenciais são válidos por um curto período, até que se tenha fôlego para andar com as próprias pernas. Esse negócio de bolsa "vitalícia" como estão fazendo é paternalismo, escravidão psicológica e fomento de dependência econômica. Esse tipo de ação somente produz uma sociedade fraca, pobre, sem vínculo com o futuro, sem auto-estima, sem honra e sem dignidade. Meu falecido pai, quando completou a idade legal nos informou que não iria retirar o passe livre de idoso poque ele queria poder pagar suas passagens para sentir-se digno. Ele acreditava que tal benefício é uma esmola, um tipo de compensação dada depois de tantos anos de humilhação. Não discuto seu pensamento. Tenho o direito de não externar o meu. Mas, concordo que um dos prazeres do ser humano é sentir-se capaz de prover a própria vida. Isso dignifica o homem. E, tais programas, do modo como são feitos, tira isso das pessoas. 
O brasileiro é simples, honesto e trabalhador, em sua maioria. Tanto que uma horda de abutres vem roubando o país por décadas e ainda não falimos. Isso é fruto do nosso trabalho. 
Entretanto, nos últimos anos vem diminuindo o número de pessoas que procuraram emprego e aumentado o número das que querem viver dos "auxílios"; que deixaram de ser auxílios para transformarem-se em modo de vida. 
Esse governo tem sido pródigo em garantir que basta se dizer pobre para receber alguma "bolsa". Uma coisa, no entanto, não dizem: "que quem paga as tais bolsas, auxílios, etc.." somos nós, trabalhadores com os impostos que pagamos. E, quanto mais auxílios concedidos, pior a nossa condição social e econômica, pois mais e maiores são as tarifas dos serviços, os impostos e taxas. Ou seja: nós pagamos para o governo dizer que é ele quem dá o benefício. 
Se fossem honestos diriam: benefício concedido com os impostos dos brasileiros trabalhadores desta nação. 
Então, quando um estudante vai pela universidade pelo prouni, somos nós todos que pagamos; quando uma família recebe bolsa família, somos nós que pagamos; quando alguém paga menor valor na passagem de ônibus com o bilhete único, a diferença é paga por todos nós contribuintes; quando alguém recebe uma casa do "minha casa minha vida", somos nós que pagamos para construí-la. 
Governo não tem dinheiro, não produz nada, além de corrupção. O dinheiro é nosso, do tesouro nacional. Então, quem faz bem aos dependentes dos benefícios sociais somos nós, e não o governo.
Não há governo bonzinho. Há sim, espertalhões que oferecem alguma "coisinha" para fechar nossos olhos para os caminhões de outras coisas que nos tiram.

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