LAVAGEM CEREBRAL

Virou mania arrecadar dinheiro para pagar multas impostas pela justiça a determinados condenados de partido partido político.
Até aí, tudo bem.
Entretanto, é possível que essa demonstração de força seja estratégia para induzir a população a pensar que tais pessoas foram injustiçadas, dado o grande número de contribuições  a elas feitas. Ocorre, porém, que um partido político que está no poder doze anos e que empregou mais de vinte mil pessoas sem concurso beneficiando o triplo de pessoas, no mínimo (se levarmos em consideração que cada um empregado tem pai e mãe, e/ou esposa) pode receber o retorno de suas ações paternalistas. Tudo muito natural.
Então, porque o espanto e a repercussão estrondosa?
É ano de eleições e tudo concorre para o desenlace em outubro.
A estratégia dos marqueteiros tem direcionado a atenção do povo brasileiro para coisas subjetivas, fatos de menor importância que são transformados em ACONTECIMENTOS. Fizeram isso com as manifestações introduzindo os "blackblocs" e repercutindo as ações destrutivas do tal grupo a ponto de ocupar os horários de rádio e tv's completamente. E a razão dos protestos? Ficou em segundo plano, quase esquecida.
A morte do cinegrafista no Rio de Janeiro calou de vez a onda de protestos pois mudou o foco da imprensa.
O resultado do julgamento do mensalão ficou ofuscado pelo brilho dos ministros que votaram contra as punições levantando dúvidas quanto a lisura do processo. E os militantes, defensores dos mestres insistem em trazer à tona os erros cometidos pelos antecessores desses tais infratores como se isso amenizasse a gravidade dos crimes praticados.
Se são todos criminosos que mérito há na comparação senão o fato de que uns e outros praticaram a rapinagem do tesouro nacional, só que alguns ficaram longe do "pote" e outros não aceitam larga-lo?
Chega a ser ridícula a falta de cultura do brasileiro que para defender bandidos usa outros bandidos como referencia. É tão imoral que me enoja. Sabemos que os partidos políticos brasileiros são feudos construídos com a finalidade de tomar o poder e viver dele. Não importa se é o partido A ou B. O que deveria importar é o fato de todos eles serem movidos pela mesma razão: ganância.
Enquanto discutimos partidos continuamos sofrendo a opressão de um sistema ditatorial que aprofunda crises sociais, econômicas e políticas geradas pela corrupção, pelo descrédito (construído) das instituições, pelo abandono das políticas de saúde, educação e segurança pública.
Acredito que está mais que na hora de deixarmos de lado esse negócio de partido A e B e nos voltarmos para a necessidade de recuperarmos a dignidade dos cargos públicos, da vida pública, da justiça e dos órgãos de Estado. Sem isso continuaremos a ver pessoas que se misturam com siglas para usar o poder em proveito pessoal. É uma questão de cultura compreender que um povo não pode ser refém de grupos políticos que manipulam a mídia e as pessoas de acordo com seus interesses.
Uma nação precisa ser maior que isso, se quer ser soberana e respeitada. Nós, cidadão de bem e de visão, devemos nos posicionar contra qualquer tentativa de massificação do pensamento, de coação psicológica do povo brasileiro. O nazismo começou assim com Hitler. Quem, no Brasil de hoje, consegue usar a palavra e produzir os mesmos efeitos que ele conseguiu? Precisamos acordar para a realidade. Embora já não haja contexto histórico para uma ditadura, para um governo totalitário, ainda há possibilidade de controle legal da imprensa e cerceamento da liberdade, em nome de um Estado maior e mais regulador. É isso que queremos?  Pensemos nisso. Bom dia a todos.

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