Chegamos
a um ponto em que as instituições democráticas como Câmara dos Deputados,
Senado da República, Câmaras Legislativas Estaduais e o próprio Supremo
Tribunal Federal (instância máxima da justiça e guardião do direito) sofrem
ataques contínuos que desvalorizam os conteúdos ali produzidos. Esses ataques
são oriundos da corrupção generalizada que tomou conta do país de norte a sul,
de leste a oeste. Construíram uma rede de corruptores que se infiltrou em todas
as esferas do poder público, indistintamente.
Cabe
a nós, sociedade civil protestar, expurgar, buscar a restauração dos padrões
éticos e morais das instituições nacionais e exigir-lhes o
devido respeito por parte daqueles que ocupam cargos públicos. A honra dos
cargos não pode nem deve ser diminuída em função da falta de dignidade dos seus
ocupantes.
Sabemos
que a função do legislativo é produzir leis que regulem as atividades
econômicas e sociais, além de fiscalizar o poder executivo; que o judiciário
tem por finalidade aplicar a lei, zelar por seu cumprimento e fazer a justiça,
corrigindo eventuais falhas dos outros poderes. O executivo, por sua vez, é o
encarregado da administração das nossas vidas e riquezas para que possamos nos
ocupar em trabalha e produzir com saúde e segurança.
Assim,
exposta superficialmente, a importância e funções dos três poderes da República,
resta-nos dizer que todos são independentes e autônomos. Ou seja, um não pode
interferir no funcionamento do outro.
É
prerrogativa do judiciários a aplicação e zelo pela lei. E, a maior de todas as
leis é a Constituição Federal que, sendo desrespeitada em parte ou totalidade
por quaisquer dos outros dois poderes, permite que o Supremo Tribunal Federal
se manifeste proclamando o ato perpetrado inconstitucional, invalidando-o.
Dessa
forma, a instância final da justiça é o STF. E suas decisões não podem ser
questionadas fora do âmbito do tribunal.
Ocorre
que, de algum tempo para cá, políticos com mandato e sem mandato têm trabalhado
para desmoralizar o STF, o parlamento brasileiro e as instituições da justiça
fazendo-os curvarem-se ante o poder do dinheiro e das influências políticas, do
corporativismo, corrompendo-os em parte e transformando o bem público em moeda
de troca.
A
influência dos agentes da corrupção é tão grande e tão nociva que produziu ao
longo dos últimos anos um crescente descrédito nas instituições de brasileiras.
Chegamos
a um ponto em que não sabemos no quê acreditar, em quem confiar. Somos uma
nação de quase duzentos milhões de pessoas sem fé nos homens públicos, sem
confiança nos órgãos da justiça, sem esperança de UM BRASIL MELHOR!
Estas
são as causa de eu escrever esse manifesto.
Está
mais do que na hora de nós, cidadãos brasileiros, tomarmos consciência da
situação de caos político, econômico e institucional por que estamos passando.
Sem querer fazer alarde, afirmo que o país está próximo a um abismo semelhante
ao que está consumindo nações vizinhas. E não é isso o que queremos. Nossa
democracia está amadurecendo e, embora haja correntes políticas querendo nos
aproximar de modelos ditatoriais, tenho certeza de que o povo verde-amarelo não
se deixará cobrir por nenhuma bandeira vermelha.
Não
podemos esquecer o lema da Bandeira Brasileira: “Ordem e Progresso”, e o Hino
Nacional Brasileiro: “Verás que um filho teu não foge à luta...!”. É o momento
de lutarmos! Não uma guerra física, armada, com derramamento de sangue; mas uma
guerra psicológica, subliminar, sub-reptícia, suja, que é desenhada na calada
da noite e jogada sobre o país através da mídia, dos palanques comprados com o
dinheiro da corrupção.
Não
há honra nesta guerra, porque seu objetivo não é a liberdade de um povo
oprimido, e sim a manutenção do poder pelo poder. Não é legítima, pois o maior
interessado, o povo não foi convidado para se expressar sobre ela. Pessoas
decidiram, grupos apoiaram. Todos defendendo interesses pessoais ou
corporativos; nunca as causa populares.
Vivemos
em uma nação livre e soberana. Porém a soberania das instituições está ameaçada
pela vontade maior de grupos políticos e econômicos. Vemos os Senadores da
República e Deputados Federais trabalhando contra o povo brasileiro e a favor de
determinados grupos políticos e econômicos. Sem receio de perderem seus cargos
ou mandatos fazem somente aquilo que é favorável ao governo. Assim, garantem a
perpetuação no poder. E, se por acaso não se reelegerem, com certeza poderão
ser ministros, secretários ou indicar pessoas para cargos estratégicos nos
diversos órgãos da administração. O corporativismo e a defesa do bem particular
de seus grupos políticos são seus objetivos principais. Fazem isso desde sempre
e cada vez mais. Estão nos cargos como se fossem seus donos, proprietários do
poder, senhores de feudos, coronéis dos tempos modernos.
Da
mesma forma vemos o governo Federal e os governadores de Estados usando a força
dos cargos que lhes emprestamos para perpetrarem os mais abjetos atos
administrativos; como nomear para os tribunais pessoas que lhes são próximas,
com a finalidade de garantir a aplicação de uma justiça seletiva, beneficiar
grandes financiadores de suas campanhas políticas entregando-lhes concessões de
serviços e obras públicas, direcionando verbas para aqueles parlamentares que
votam em consonância com seus propósitos, penalizando parte da população que
escolheu parlamentares de partidos menores ou de oposição ao governo.
Não
existe honra nessas ações. E os cargos eletivos de uma democracia como a nossa,
devem ser honrados, dignificados com a presença e postura daqueles que os
ocupam.
O
que fazer?
Aprender
a pensar.
Desde
os anos setenta que ouvimos falar que o Brasil é o país do futuro. Qual é o
nosso futuro que nunca chega? Porque cada dia ele fica mais distante? Qual
futuro tem uma nação onde milhões de jovens vivem se drogando pelas ruas, sem produzir
benefício para a sociedade? Qual futuro tem uma criança que sem ter o que comer
submete-se a indignidade de ir para uma escola sem estrutura, somente para
comer uma merenda de baixa qualidade? Qual futuro tem um trabalhador que gasta
sua vida para construir uma casinha em área de ocupação porque o Estado não lhe
dá condições de crescer profissionalmente? Temos cursos profissionalizantes
gratuitos? Temos. Claro. Mas, qual pai de família pode deixar de alimentar seus
filhos, deixar de pagar as contas para frequentá-los? Que futuro tem uma pessoa
que adoece hoje no Brasil? Mesmo tendo plano de saúde caro, diga-se de passagem?
Nem sempre é bem atendida e pode se curar das enfermidades, dado o descaso
total com a saúde pública. Que futuro tem um país onde as pessoas não podem
andar pelas ruas com segurança, não podem ir ao trabalho ou voltar para casa
com a certeza de estarem vivas no dia seguinte? Que futuro tem um país onde uma
pequena parte trabalha para sustentar uma multidão de desocupados, parasitas
que vivem à custa de um governo paternalista?
O
Brasil está mergulhado no caos. Parece que temos dois Brasis; um Brasil das TV’s,
e dos políticos com seus sorrisos polidos, com seus cabelos implantados, com os
ternos caros, jatinhos executivos e jantares de luxo em paris; outro, do
cidadão comum que perambula pelas ruas em busca de solução para seus problemas,
do trabalhador que precisa fazer mágica para pagar as contas, da dona de casa
que não sabe como fazer para alimentar os filhos, dos pais que para terem o
mínimo de conforto precisam abrir mão da educação dos filhos para trabalharem
em locais distantes ou em jornadas duplas, dos idosos que são constantemente
vítimas de maus tratos e abandono por parte do Estado que lhes nega cuidados
essenciais, das pessoas que morrem nas filas dos hospitais, das vítimas da violência
generalizada.
Tudo
isso sem contar a horda de miseráveis que vivem abaixo da linha da pobreza,
cerca de trinta milhões de pessoas em todo o Brasil.
O
Brasil é o país do futuro?
É.
Para
um grande grupo de aproveitadores que usam o poder para nos impingir altas
cargas de tributos, regras e normas que nos escravizam social e economicamente,
além de restringem até nosso direito de manifestação, de expressão. Querem que
aceitemos tudo calados, desde a corrupção até a lavagem cerebral que estão fazendo
com parte da população.
Temos
futuro. Só precisamos construi-lo, a partir dos destroços que temos. E o
primeiro passo é aprender a pensar, a refletir, a ler nas entrelinhas. Só assim
poderemos desmascarar esses “falsos salvadores” e derruba-los dos seus
pedestais.
“...Ou
ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil”. Veja a letra completa, abaixo.
ACORDA
BRASIL!!!
HINO
DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Já podeis, da Pátria
filhos,
Ver contente a mãe
gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor
servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos
forjava
Da perfídia astuto
ardil...
Houve mão mais
poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor
servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias
falanges,
Que apresentam face
hostil;
Vossos peitos, vossos
braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor
servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as
nações
Resplandece a do
Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor
servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Compositor: Poema:
Evaristo da Veiga / Música: D. Pedro I